China exige que países não perguntem por viúva de Liu Xiaobo
O Governo chinês pediu hoje à comunidade internacional para que deixe de "interferir nos seus assuntos internos" ao pedir informação sobre Liu Xia, a viúva do recentemente falecido dissidente e Nobel da Paz chinês, Liu Xiaobo.
© Reuters
Mundo Liu Xia
O paradeiro de Liu Xia continua a ser desconhecido, desde que esta foi vista pela última vez no funeral do marido, em 15 de julho.
"Opomo-nos firmemente a que outros países interfiram nos assuntos internos da China", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Lu Kang, ao ser questionado sobre a situação de Liu.
"Não é uma questão diplomática", acrescentou, face às mensagens de preocupação enviadas pelos governos dos EUA e vários países da União Europeia.
Lu defendeu ainda que Liu Xia, 56 anos, "é uma cidadã chinesa" e o "Governo protegerá os seus direitos legítimos de acordo com a lei".
As últimas aparições da viúva, também escritora, e que está desde 2011 em prisão domiciliária, apesar de não ter sido acusada de qualquer crime, foram durante o funeral do marido e no barco onde foram lançadas as cinzas de Liu Xiaobo ao mar.
Vários jornalistas tentaram nos últimos dias visitar a casa de Liu Xia, mas foram impedidos pela polícia.
Liu Xiaobo morreu em 13 de julho, aos 61 anos, vítima de um cancro, e sob custódia da polícia.
Foi condenado em 2009 a onze anos de prisão, por ser um dos autores da "Carta 08", um documento assinado por centenas de intelectuais chineses a apelar por reformas democráticas no país.
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