Erdogan apela a que muçulmanos "protejam" Jerusalém
O Presidente da Turquia voltou a criticar as medidas de segurança impostas por Israel na Esplanada das Mesquitas, que qualifica como "inaceitáveis". A tensão entre palestinianos e autoridades israelitas aumentou significativamente nos últimos dias.
© Reuters
Mundo Médio Oriente
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, apelou esta terça-feira a que todos os muçulmanos “visitem” e “protejam” Jerusalém, denunciando as medidas de segurança impostas por Israel como “inaceitáveis”.
“Daqui [em Ancara], faço um apelo a todos os muçulmanos. Quem tiver a oportunidade deve visitar Jerusalém e a mesquita de Al-Aqsa. Vamos todos proteger Jerusalém”, reiterou Erdogan, citado pelo The Independent.
As declarações do Presidente turco surgem dias depois da escalada de tensão entre palestinianos e as autoridades israelitas, que já causaram a morte de pelo menos sete pessoas e deixaram centenas feridas.
Na origem da tensão estão as medidas de segurança impostas por Israel à entrada da Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, zona ocupada e anexada ilegalmente por Israel desde 1967. Entre as medidas implementadas consta a proibição de entrada a muçulmanos com menos de 50 anos, a introdução de câmaras de vigilância e de detetores de metais.
Entretanto, Israel recuou e vai retirar os detetores de metais colocadas à entrada da Esplanada das Mesquitas. Como alternativa, as autoridades israelitas pretendem implementar um sistema de videovigilância de alta tecnologia, cujas características ainda não foram totalmente especificadas. A proposta foi votada ontem, segunda-feira, pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Os palestinianos e os muçulmanos em geral consideram estas medidas de Israel mais uma tentativa de controlar um local simbólico e de extrema importância para os crentes. A Esplanada das Mesquitas, considera pelos judeus como o Monte do Templo, é o terceiro lugar sagrado do islão, onde se situa a Cúpula do Rochedo e a mesquita de Al-Aqsa.
Ikrema Sabri, líder do Comité Supremo Islâmico de Jerusalém, considera que a situação ainda está longe de ser resolvida, reiterando que o recuo israelita relativamente aos detetores de metais não é suficiente, uma vez que outras medidas estão a ser equacionadas por Tel-Aviv, algo que desagrada aos muçulmanos. Nesse sentido, a posição de Sabri é que os muçulmanos se devem manter afastados, para já, da Esplanda das Mesquitas e não ceder às exigências israelitas.
“A nossa posição é que, por agora, ninguém deve entrar [na Esplanda das Mesquitas]”, reiterou o líder do Comité Supremo Islâmico de Jerusalém, citado pelo The Guardian.
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