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PPE escolhe italiano como candidato a presidente do Parlamento Europeu
O Partido Popular Europeu (PPE), maior família política da assembleia europeia, à qual pertencem PSD e CDS-PP, escolheu hoje o italiano Antonio Tajani, antigo vice-presidente de Durão Barroso na Comissão Europeia, como o seu candidato à presidência do Parlamento Europeu.
© Reuters
Mundo Antonio Tajani
Tajani, 63 anos, venceu as "primárias" hoje celebradas no seio do PPE, à margem da sessão plenária que decorre em Estrasburgo, ao bater os outros três candidatos a candidatos, o antigo ministro francês Alain Lamassoure, o esloveno Alojz Peterle e a irlandesa Mairead McGuinness, e é assim o candidato do partido de centro-direita para suceder ao socialista Martin Schulz na presidência da assembleia.
Antonio Tajani foi comissário europeu durante os dois mandatos de José Manuel Durão Barroso à frente do executivo comunitário, primeiro como comissário dos Transportes (2008 a 2010) e depois como responsável pela Industria (2010 a 2014), tendo em ambos os casos sido vice-presidente, cargo que ocupava igualmente no Parlamento Europeu desde 2014.
Na sequência do anúncio da saída de Schulz, que a 24 de novembro passado revelou que iria abandonar a presidência do Parlamento Europeu, que ocupou durante cinco anos, para se dedicar à política alemã, começou a "corrida" à sua sucessão, com o líder da bancada socialista, o italiano Gianni Pittella, a anunciar a sua candidatura ao cargo.
A candidatura do líder da bancada socialista foi entendida como uma "traição" pelo PPE, vencedor das últimas eleições europeias, que apoiou a recondução de Schulz sob a condição de, a meio da legislatura -- no início de 2017 -, este ceder o lugar a uma figura do Partido Popular Europeu, um acordo informal que as duas grandes famílias políticas da assembleia europeia têm aplicado ao longo das últimas legislaturas.
Apesar de o PPE ser a força com mais eurodeputados no hemiciclo, a eleição de Tajani não é no entanto pacífica, já que os conservadores de centro-direita já ocupam a presidência das outras duas grandes instituições da União Europeia - Comissão Europeia, liderada por Jean-Claude Juncker, e Conselho Europeu, presidido por Donald Tusk, ambos pertencentes ao PPE -- e as restantes famílias políticas rejeitam um monopólio dos cargos de topo da UE.
A eleição do presidente do Parlamento Europeu está agendada para 17 de janeiro.
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