Embaixador russo na ONU: Escolha de Guterres foi "processo justo"
Rússia deu esta quinta-feira sinal de que está em paz com a escolha de Guterres, embora a sua preferência recaísse sobre outras candidatas.
© Reuters
Mundo Vitaly Churkin
No início desta semana, o embaixador russo nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, tornou oficial a posição russa: “Acreditamos que é a vez de a Europa de Leste fornecer o próximo secretário-geral da ONU. Gostaríamos muito de ver uma mulher”.
A escolha, no entanto, ao fim de seis votações em cerca de três meses, recaiu sobre António Guterres. O ex-governante português foi hoje mesmo aclamado e, em conferência de imprensa, Vitaly Churkin abordou a situação.
Se dúvidas houvesse – e temeu-se que a Rússia pudesse mesmo vetar o nome de Guterres –, António Guterres foi mesmo o escolhido, com unanimidade. “Foi um processo justo”, admitiu o embaixador russo na ONU.
Sobre o facto de a Rússia desejar alguém de leste, preferencialmente uma mulher, Churkin relembrou que “50% das candidaturas eram de mulheres” mas que ficou o “melhor candidato disponível”, António Guterres.
“As diferenças foram apaziguadas”, disse ainda o representante russo, acrescentando que “o mais importante é que foi demonstrado um sinal de unidade”, algo que permite a Guterres, nos próximos cinco anos, o tempo do seu mandato, “confiar no apoio” do Conselho de Segurança.
Sobre Guterres, Vitaly Churkin lembrou o seu percurso como Alto Comissário para os Refugiados e como primeiro-ministro de Portugal. É uma figura que “viajou pelo mundo inteiro” e “um homem muito experiente. Estou certo que estará muito empenhado” no novo cargo, afirmou.
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