Japão está a considerar mão-de-obra estrangeira não qualificada
Um comité do Governo do Japão começa hoje a estudar a possibilidade de permitir a entrada no país de mão-de-obra estrangeira não qualificada para fazer frente à rigidez do seu mercado laboral.
© Reuters
Mundo Comité
O sistema em análise passaria por abrir a porta a trabalhadores de setores específicos, mediante acordos de colaboração económica com os países de origem, um método que o Japão utilizou para trazer enfermeiros de países como as Filipinas, segundo o jornal Nikkei.
Atualmente, a maioria dos trabalhadores estrangeiros do Japão, país onde menos de 2% da população é imigrante, entrou no país como mão-de-obra altamente qualificada ou em programas de formação técnica.
Este comité recém-formado vai analisar a entrada de trabalhadores de fora do Japão com um sistema de quotas em setores em que há grande escassez de mão-de-obra, como construção e enfermagem, onde chegam a registar-se três vezes mais ofertas de trabalho do que candidatos a empregos.
Está também a ser analisada a redução de barreiras noutros setores em que o mercado laboral nipónico mostra rigidez, como o comércio a retalho, agricultura ou educação pré-escolar.
O primeiro-ministro Shinzo Abe sublinhou, na segunda-feira durante a abertura da sessão parlamentar, a importância de efetuar uma reforma do mercado laboral para estimular a economia e fazer frente ao crescimento negativo da população.
A população ativa do Japão caiu em 2013 para menos de 80 milhões e o número atual ronda os 77 milhões, com perspetivas de continuar a diminuir.
No entanto, muitos analistas acreditam que a ideia de abrir a porta à imigração não vai ser facilmente aceite por grande parte da população ou pelo setor privado num país tradicionalmente protecionista no que toca a políticas migratórias.
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