Mais de dois mil agentes vão combater o crime de sequestro na Venezuela
A Venezuela ativou hoje um Plano Nacional Anti-sequestro (PNAS), com o qual as autoridades do país prevêm prevenir e combater os raptos e que arrancará com 2.200 funcionários de vários organismos policiais, em cinco regiões.
© Reuters
Mundo Néstor Reverol
O novo PNAS foi ativado pelo ministro das Relações Interiores e Justiça venezuelano, Néstor Reverol, durante um ato que teve lugar no Forte de Tiuna, a principal base militar de Caracas.
"Para combater o flagelo do sequestro usaremos 2.100 funcionários do Comando Nacional Anti-sequestro (da Guarda Nacional, polícia militar) e mais de 100 oficiais da Polícia Nacional Bolivariana e do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (Cicpc, antiga Polícia Técnica Judiciária)", disse.
Segundo o ministro, o PNAS estará concentrado, inicialmente, nos Estados venezuelanos de Miranda, Carabobo, Distrito Capital, Vargas e Zúlia, tendo sido habilitado o número telefónico "0800-secuestro"(0800-732.837.876) para que as pessoas denunciem situações irregulares.
"O plano tem como propósito fortalecer a prevenção do povo venezuelano, preservar a vida e a liberdade (...) estará composto por dois eixos estratégicos, prevenir e combater este delito", frisou.
As autoridades venezuelanas preveem ainda a instalação de uma unidade de atenção direta às vítimas e familiares de sequestrados.
A insegurança, entre ela os sequestros, são uma das principais queixas dos cidadãos que residem na Venezuela, registando anualmente alguns milhares de vítimas, e afeta por igual tanto a nacionais como a estrangeiros, entre eles os portugueses.
Com frequência, os cidadãos queixam-se de ineficiência policial no combate à criminalidade e a política queixa-se de que a população não denuncia todos os casos de sequestros.
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