HRW chama a atenção para 70 mil encurralados na fronteira jordana
A Human Rights Watch (HRW) chamou hoje a atenção para a situação de 70.000 refugiados sírios, na maioria mulheres e crianças, encurralados na fronteira jordana, pedindo às autoridades de Amã que permitam a entrada de ajuda humanitária.
© Reuters
Mundo Human Rights Watch
Num comunicado, a organização de defesa dos direitos humanos refere que imagens de satélite de 31 de agosto mostram a situação "desesperada" dos sírios que se encontram na zona desértica de Rukban, no nordeste da Jordânia.
"As últimas imagens confirmam que a crise humanitária no acampamento de Rubkan não se solucionou e parece estar a piorar", lamentou Nadim Houry, subdiretor da HRW para o Médio Oriente.
Houry instou a Jordânia a "permitir imediatamente que as organizações humanitárias recomecem as entregas de ajuda para aliviar o sofrimento dos deslocados".
Os sírios encontram-se numa zona desmilitarizada ao longo da fronteira com a Jordânia e as imagens mostram-nos a recolher água em pontos de distribuição localizados em território jordano, para o que têm de atravessar uma barreira de areia.
As imagens por satélite indicam também que o número e a densidade de tendas no acampamento de Rubkan não diminuíram desde finais de junho apesar das dificuldades, adiantou a HRW.
A 21 de junho, o exército jordano decidiu considerar "zonas militares fechadas" as duas áreas fronteiriças com a Síria, após um suicida do grupo extremista Estado Islâmico ter feito explodir um carro numa posição militar na zona, matando sete militares.
Os 'jihadistas' aproveitaram-se de um corredor utilizado para enviar ajuda humanitária para os refugiados de Rubkan para lançar o ataque.
Desde o encerramento daquelas áreas, a Jordânia permitiu a entrega de água aos refugiados encurralados e a distribuição de alimentos apenas uma vez, no início de agosto.
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