Filipinas anuncia aumento de orçamento para combater crime
O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anunciou na segunda-feira, um forte aumento para o orçamento nacional do próximo ano, para financiar a sua guerra controversa contra o crime.
© Reuters
Mundo Rodrigo Duterte
Manila, 16 ago - O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anunciou na segunda-feira, um forte aumento para o orçamento nacional do próximo ano, para financiar a sua guerra controversa contra o crime.
Eleito em maio, Duterte declarou 'guerra' ao tráfico de drogas, num combate em que polícias e vigilantes já terão sido responsáveis por mais de mil mortes.
Ao anunciar um orçamento de 3,35 biliões de pesos (72,3 mil milhões de dólares) para 2017, uma subida de 11,6% em relação a este ano, Duterte disse na segunda-feira que a prioridade para o aumento das despesas públicas é "tornar mais eficaz a repressão do crime".
O orçamento da polícia vai aumentar 24,6% para 110,4 biliões de pesos (2,4 mil milhões de dólares), com mais dinheiro a ser gasto na contratação de mais agentes, em aumentos salariais e na aquisição de mais armas, segundo um comunicado do governo.
O orçamento para a área da justiça vai crescer 21,5% para ajudar a tratar de um maior número de casos, afirmou.
Duterte também está a planear um aumento de 15% no orçamento para a área da Defesa, para 130,6 biliões de pesos (2,82 mil milhões de dólares).
Para reparar a rede de infraestruturas do país, Duterte prevê gastar 860,7 biliões de pesos (18,6 mil milhões de dólares), mais 13,8% do que em 2016, para reparar ou construir estradas, linhas de caminhos de ferro, portos e aeroportos.
O Congresso ainda tem de aprovar o orçamento, o que deverá acontecer devido à larga maioria dos aliados de Duterte em ambas as câmaras.
Segundo as contas dos meios de comunicação locais, mais de 800 alegados criminosos e toxicodependentes foram mortos desde que Duterte ganhou as eleições, a 09 de maio. Destas pessoas, 496 morreram em operações policiais e 240 foram executadas por homens armados não identificados. Foram ainda encontrados outros 74 cadáveres com letreiros que os acusavam de serem traficantes.
Na quarta-feira da semana passada, as Nações Unidas denunciaram o "preocupante" aumento de execuções de alegados traficantes e toxicodependentes nas Filipinas.
O diretor executivo da agência da ONU contra a Droga e o Crime (UNODC), Yury Fedotov, condenou "o aparente apoio às execuções extrajudiciais".
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