Papa diz que "o mundo precisa de perdão" na visita a Assis
O papa disse hoje que "o mundo precisa de perdão" porque "demasiadas pessoas" vivem com rancor e ódio, durante uma visita de algumas horas ao município italiano de Assis, onde nasceu São Francisco.
© Reuters
Mundo Vaticano
"O mundo precisa de perdão. Demasiadas pessoas vivem presas no rancor e criam ódio porque, incapazes de perdoar, arruínam a sua própria vida e a dos outros, em vez de encontrar a alegria da serenidade e da paz", alertou.
O pontífice realizou esta meditação durante uma visita à basílica de Santa Maria dos Anjos de Assis, que alberga no seu interior a conhecida 'porciúncula', a capela onde, segundo a tradição, São Francisco de Assis viveu, morreu e fundou a ordem franciscana.
Para o papa Francisco, o perdão é "um caminho mestre" para o paraíso e, nesse sentido, questionou: "Por que é que devemos perdoar uma pessoa que nos fez mal?"
"Porque nós fomos os primeiros a ser perdoados, e infinitamente mais. A parábola disse isso exatamente: devemos perdoar quem nos faz mal, tal como Deus nos perdoou", explicou.
"Não há nenhum entre nós aqui que não tenha sido perdoado", recordou Francisco aos fiéis e convidou-os a rever em silêncio as "coisas feias" que cometeram e as que foram perdoadas.
O papa realçou: "Estamos cheios de defeitos e repetimos frequentemente os mesmos pecados", mas, apesar disso, "Deus não se cansa de oferecer sempre o seu perdão cada vez que o pedimos".
"É um perdão pleno, total, com o qual nos dá a certeza que, mesmo quando podemos repetir os mesmos pecados, ele tem piedade de nós e não deixa de nos amar", explicou.
O papa visitou este município da região de Umbria para comemorar o oitavo centenário do "Perdão de Assis", uma indulgência que São Francisco pediu ao Papa Honório III para quem visita a 'porciúncula'.
O discurso do papa sobre o perdão adquire grande importância nesta visita porque, segundo a tradição, a 02 de agosto de 1216, São Francisco orava na pequena igreja, restaurada por ele, quando apareceram Cristo e a Virgem Maria para lhe perguntar o que desejava para a salvação das almas.
O "pobrezinho de Assis", como é conhecido o santo, propôs que se concedesse o paraíso e a remissão dos pecados a todos aqueles fiéis que peregrinassem a essa capela.
Depois de falar sobre o perdão, o papa argentino ouviu 19 pessoas em confissão e visitou vários religiosos e frades doentes, que se encontram internados na enfermaria do Convento de Assis.
De seguida, abandonou o templo de Santa Maria dos Anjos, onde deixou um presente de quatro tijolos das Portas Santas das quatro basílicas papais romanas, Santa Maria Maior, São Pedro, São Paulo e São João.
À saída da basílica de Assis foi recebido com aplausos dos fiéis que esperavam à porta e saudou afetivamente um grupo de jovens inválidos.
Francisco despediu-se dos seus fiéis com a bênção apostólica e umas últimas palavras: "Não se esqueçam, perdoar sempre, de coração", insistiu.
A visita do papa a Assis, quatro dias depois da recente visita à Polónia, decorreu com fortes medidas de segurança, segundo a imprensa.
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