Tribunal condena general chinês a prisão perpétua por aceitar subornos
Antigo responsável pelo exército militar chinês foi também obrigado a devolver todas as suas patentes.
© Getty Images
Mundo Guo Boxiong
O Tribunal Militar ditou prisão perpétua para o general Guo Boxiong (à direita na fotografia), vice-presidente do organismo máximo militar da China entre 2003 e 2013, por ter aceitado subornos.
De acordo com a agência noticiosa chinesa, Guo foi também privado dos seus direitos políticos para a vida e despojado do título de general, segundo a sentença, na qual foi igualmente ordenada a apreensão dos seus bens.
O alegado dinheiro e bens obtidos ilegalmente por Guo, de 74 anos, foram confiscados e devolvidos aos cofres públicos, refere a sentença do julgamento, celebrado à porta fechada e em segredo, como acontece com frequência na China em muitos processos a figuras políticas influentes acusadas de fraude.
No processo, a Procuradoria militar acusou Guo de "abusar da sua posição para ajudar na promoção de terceiros, aceitando quantidades extremamente grandes de dinheiro".
"Guo aceitou os subornos "pessoalmente e através da sua família", acrescentou a acusação, numa informação tornada pública em abril, mês em que a imprensa de Hong Kong cifrava em 12,3 milhões de dólares o dinheiro obtido ilicitamente pelo ex-general, a troco de promoções de oficiais militares.
Outro vice-presidente da Comissão Militar Central na época em que Guo era um dos responsáveis, Xu Caihou, também foi investigado por corrupção e ficou detido à espera de julgamento mais de um ano, tendo falecido de cancro no ano passado, antes de ir a julgamento.
O julgamento de Guo e Xu -- que acima dele no ramo militar do regime só tinham então o Presidente chinês Hu Jintao, marca a massiva campanha anticorrupção levada a cabo pelo Governo do atual chefe de Estado Xi Jinping, desde a sua chegada ao poder em 2013.
[notícia atualizada às 13h10]
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