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Austrália pede revisão da segurança antiterrorista em locais públicos
O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, instou hoje as autoridades do seu país a reverem a segurança dos lugares públicos para prevenir atentados terroristas, após o ataque na cidade francesa de Nice, na semana passada.
© Reuters
Mundo Malcolm Turnbull
"Certamente temos de rever a maneira como concebemos e protegemos os lugares onde se concentra uma grande quantidade de australianos", disse Turnbull numa entrevista à estação local 3AW.
Turnbull indicou que pediu ao seu consultor antiterrorista para avaliar o ataque com um camião em Nice, no Dia Nacional de França, que resultou em 84 mortos, e a tomada de reféns num café em Sydney em 2014, no qual morreram duas pessoas e o sequestrador, para evitar os ataques dos chamados "lobos solitários".
O primeiro-ministro refletiu sobre a rápida radicalização de muitas pessoas, as quais "não se encontram nos radares antiterroristas e muitas vezes envolvem-se com estas ideologias porque sofrem de doenças mentais e depois atuam".
As autoridades australianas ponderam a possibilidade de aceder aos registos médicos das pessoas com doenças mentais que potencialmente podem cometer um ato terrorista como parte de uma estratégia para evitar ataques como os referidos.
"É importante que avaliemos com cuidado", comentou Turnbull, observando a importância da luta contra o terrorismo e o direito à privacidade dos indivíduos.
A Austrália elevou o seu nível de alerta terrorista em setembro de 2014 e desde então reforçou a segurança e já aprovou uma série de leis antiterrorismo para evitar a ocorrência de atentados no seu território, que foi alvo de ataques isolados.
Em setembro último, a Austrália elevou o nível de alerta terrorista de "médio" para "alto" pela primeira vez em dez anos.
À luz do sistema australiano, o nível "alto" aponta como sendo "provável" a ocorrência de um atentado terrorista.
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