Austrália condena revogação de vistos dos representantes na Palestina

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, considerou hoje "injustificada" a decisão de Israel de revogar os vistos dos representantes do seu país junto da Autoridade Nacional Palestiniana.

Penny Wong

© Pool/Hafidz Mubarak/Antara/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
19/08/2025 07:16 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Num momento em que o diálogo e a diplomacia são mais necessários do que nunca, o governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está a isolar Israel e a minar os esforços internacionais pela paz e por uma solução de dois Estado", afirmou Wong num comunicado.

 

A chefe da diplomacia australiana afirmou que a reação de Israel é "injustificada" e comprometeu-se a continuar a trabalhar com os seus parceiros internacionais para promover uma solução de dois Estados, alcançar o cessar-fogo em Gaza e conseguir a libertação dos reféns.

A reação da Austrália ocorre horas depois de Israel ter revogado os vistos dos representantes australianos junto da Autoridade Nacional Palestiniana, numa medida que, segundo Telavive, responde ao anúncio do reconhecimento oficial do Estado palestiniano por parte da Austrália e ao recente cancelamento dos vistos de vários políticos israelitas de alto nível.

O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, fez o anúncio na segunda-feira através da sua conta na rede social X, onde indicou que também tinha pedido à Embaixada israelita em Camberra que examinasse cuidadosamente qualquer pedido oficial de visto de representantes australianos.

"Isto segue-se às decisões da Austrália de reconhecer um 'Estado palestiniano' e no contexto da recusa injustificada da Austrália em conceder vistos a uma série de personalidades israelitas, entre elas a ex-ministra Ayelet Shaked e o presidente da Comissão de Constituição, Direito e Justiça do Knesset, o deputado Simcha Rotman", explicou Saar.

O governante israelita afirmou que "o antissemitismo assola a Austrália, incluindo manifestações de violência contra judeus e instituições judaicas", acrescentando que esse ódio é alimentado pelo governo australiano.

No dia 11 de agosto, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou que reconhecerá o Estado da Palestina durante a Assembleia das Nações Unidas que ocorrerá em setembro, uma iniciativa semelhante à de países como França e Reino Unido.

Camberra também manifestou em várias ocasiões a preocupação com a divisão criada na sociedade australiana em consequência da guerra em Gaza, e criou mesmo dois cargos especiais para combater o crescente antissemitismo e a islamofobia na nação australiana.

Leia Também: Israel revoga vistos de diplomatas após Austrália reconhecer Palestina

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