Após Titan, há um bilionário a caminho do Titanic: "Daqui a semanas"

Um bilionário está a construir um novo submersível para, em breve, ir visitar os destroços do Titanic nas profundezas do Oceano Atlântico. Há ainda conversas entre a elite sobre uma nova expedição ao local, que poderá acontecer "daqui a algumas semanas".

Titan, submarino, OceanGate Expeditions

© OceanGate Expeditions/Handout via REUTERS

Maria Gouveia
19/08/2025 09:39 ‧ há 1 hora por Maria Gouveia

Mundo

Titanic

Há um bilionário a construir um novo submersível para, em breve, ir ver o Titanic nas profundezas do Ocenao Atlântico. Recorde-se que, em 2023, o submarino Titan implodiu com cinco pessoas a bordo quando fazia uma expedição aos destroços do navio histórico.

 

"Além de ser um naufrágio [do Titanic] de importância histórica, o facto de estar a uma profundidade tão grande torna-o fascinante", explicou o CEO da Triton Submarines, Patrick Lahey, ao New York Post, acrescentando que está a construir um novo submersível que poderá fazer essa viagem.

O empresário referiu também que as pessoas querem visitar os destroços do navio "pela mesma razão que querem escalar o Monte Everest".

Segundo o mesmo meio, que cita uma fonte próxima, há várias conversas entre os 'exploradores oceânicos' de elite sobre uma nova expedição àquela zona do naufrágio. No entanto, os detalhes são silenciosos.

"Ouvi dizer que alguém irá descer até ao Titanic daqui a algumas semanas. Posso dizer que ele é um bilionário e que para lá ir vai gastar cerca de 10 milhões de dólares (cerca de 8 milhões euros)", referiu a fonte, que salientou que é uma surpresa e que a pessoa em questão quererá fazer um "anúncio sobre ser o primeiro a ir ao Titanic após a tragédia". 

Tragédia aconteceu em junho de 2023

O submersível Titan desapareceu em 18 de junho de 2023, com cinco milionários a bordo, durante uma visita aos destroços do Titanic. Após quatro dias de buscas, as autoridades anunciaram que o Titan tinha implodido e todos os passageiros estavam mortos.

A expedição que terminou em tragédia foi organizada pela empresa de turismo marítimo OceanGate Expeditions, cujo diretor-executivo, Stockton Rush, era o piloto do submarino e uma das vítimas do acidente.

Além dele, também morreram na implosão do Titan o empresário paquistanês Shahzada Dawood e o filho, Suleman Dawood, assim como o milionário Hamish Harding e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, especialista no naufrágio do Titanic.

Titan implodiu há um ano com 5 milionários a bordo. Recorde a tragédia

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Durante dias, o mundo esteve de olhos postos nas buscas ao submarino que fazia uma expedição aos destroços do Titanic. No entanto, o pior cenário viria a confirmar-se. Corpos nunca foram recuperados.

Notícias ao Minuto | 09:30 - 18/06/2024

O Titan, recorde-se, tinha 6,5 metros de comprimento por três de largura, pesava mais de 10 toneladas e era feito de fibra de carbono e titânico. Viajava a uma velocidade de 5,5 km/h e era impulsionado por quatro propulsores.

No mês de fevereiro, foi revelada uma gravação do interior do submersível que provava que a implosão terá ocorrido pelas 09h34 locais, cerca de 90 minutos depois de o Titan ter submergido, por volta das 08h00, ao largo da costa da Terra Nova, no Canadá.

Implosão "podia ter sido evitada"

Recentemente, um estudo de 335 páginas revelou que o OceanGate tinha práticas de segurança com "muitas falhas" e uma cultura tóxica no local de trabalho. Referiu também que a "negligência" do CEO Stockton Rush contribuiu para a morte das pessoas a bordo. 

"A falta de supervisão por terceiros e de funcionários experientes da OceanGate durante as operações do Titan em 2023 permitiu que o diretor executivo da OceanGate ignorasse completamente inspeções vitais, análises de dados e procedimentos de manutenção preventiva, culminando num evento catastrófico", lia-se no documento.

O responsável da guarda costeira, Jason Neubauer, afirmou em conferência de imprensa que, após dois anos de investigação à tragédia, a perda das cinco vidas na implosão "era evitável".

A investigação considerou, ainda, que os principais factos que levaram ao sucedido foram "o design inadequado, os processos de certificação, manutenção e inspeção".

Implosão do Titan

Implosão do Titan "podia ter sido evitada", conclui investigação

Dois anos após a implosão do submersível Titan, marinha revela conclusão sobre as causas da tragédia. Segundo o relatório, o CEO da empresa responsável pela expedição poderia ter evitado o sucedido.

Andrea Pinto | 14:51 - 05/08/2025

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