De acordo com as autoridades egípcias, os camiões com petróleo, açúcar, arroz, farinha e alimentos enlatados começaram a chegar hoje a Kerem Shalom, onde vão ser inspecionados pelas autoridades israelitas antes de serem autorizados a entrar no enclave costeiro palestiniano.
Trata-se do 18.º envio de ajuda humanitária do Egito desde que Israel reabriu a autorização sobre o envio de ajuda à Faixa de Gaza, no final de julho.
Desde 27 de julho, o Governo do Cairo enviou 1.288 camiões carregados com alimentos e medicamentos para os habitantes de Gaza através da fronteira de Kerem Shalom, controlada pelas forças de Israel.
O ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelaty, disse na segunda-feira que a quantidade de alimentos enviada para Gaza é insuficiente e acusou Israel de "intransigência".
Para Abdelaty, são necessários entre 700 a 900 camiões por dia para resolver a situação humanitária em Gaza que descreveu como "muito complicada", "catastrófica" e uma "tragédia".
Paralelamente, os diplomatas do Egito, do Qatar e dos Estados Unidos, que estão a mediar os contactos entre Israel e o Hamas, aguardam a resposta do Governo israelita sobre a nova proposta de cessar-fogo que foi aceite na segunda-feira pelo grupo palestiniano que controla Gaza.
Segundo os mediadores, o novo plano estipula uma pausa de 60 dias, durante a qual o Hamas tem de libertar dez reféns israelitas vivos e 18 cadáveres em troca de vários prisioneiros palestinianos que se encontram nas prisões israelitas.
A mesma proposta indica que durante este período, o Hamas vai ter de congelar as atividades militares sendo que Israel vai ter retirar tropas de Gaza para permitir a entrada e distribuição de ajuda aos civis, enquanto as negociações prosseguem no sentido de ser alcançado um acordo abrangente para pôr fim à guerra.
A guerra em Gaza foi provocada pelo ataque do Hamas contra Israel que fez 1.200 mortos e 250 reféns.
A resposta militar de grande envergadura de Israel fez, até ao momento, 62 mil mortos, de acordo com o Hamas.
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