Há novas revelações acerca do caso do homicídio de quatro estudantes em Idaho, que aconteceu em novembro de 2022. Um dos sobreviventes da tragédia afirmou que Bryan Kohberger terá dito, pelo menos, o nome de uma das vítimas mortais.
Bryan Kohberger, recorde-se, foi condenado a quatro penas de prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
De acordo com a People, dois documentos divulgados recentemente revelam que Dylan Mortensen disse às autoridades que ouviu o assassino dizer o nome de Kaylee Goncalves durante o ataque.
Um agente da polícia estadual de Idaho escreveu no relatório que, depois de chegar à casa onde os quatro homicídios ocorreram, o sargento Dustin Blaker lhe deu um 'resumo' dos detalhes que os investigadores tinham recolhido nesse dia.
"Em algum momento, durante a madrugada, Mortensen acordou, abriu a porta do quarto e ouviu um homem dizer 'Está tudo bem, Kaylee. Estou aqui para ti'", consta no documento.
No seu primeiro depoimento, Dylan Mortensen referiu ainda acreditar que ouviu Goncalves a descer as escadas no momento dos assassinatos, enquanto tentava escapar a Bryan Kohberger e que depois o ouviu falar.
"Ela ouviu uma voz masculina que nunca tinha ouvido antes dizer: 'Está tudo bem, vou ajudar-te'", refere o relatório, acrescentando que a jovem sobrevivente acreditava que o homem estaria na casa de banho com uma pessoa que estaria a chorar (que seria a Kaylee).
No entanto, Dylan Mortensen, naquele mesmo dia, viria a mudar a história depois de ter tido conhecimento de mais detalhes acerca dos homicídios. A jovem disse que "provavelmente" a pessoa que estava a chorar era Xana Kernodle, apesar de no momento ter acreditado que seria Kaylee.
Disse ainda que também seria Kernodle a descer as escadas depois de ter visto os amigos mortos.
Dylan referiu também, em ambos os depoimentos, que ainda estava em choque e que estava a tentar processar o incidente. Ainda assim, reafirmou às autoridades ter ouvido o assassino a dizer o nome de Kaylee: "Ela disse que sabe o que ouviu".
Note-se que a jovem é a única testemunha ocular do caso, uma vez que viu Bryan Kohberger na noite dos homicídios. No entanto, Mortensen teve algumas dificuldades em identificar o homem, sendo que no dia em que Kohberger foi detido salientou que não conseguiu afirmar que era aquele o assassino.
"Eu lembro-me dele, mas não me lembro de tudo", disse na altura.
Dylan Mortensen estava no tribunal no dia em que Bryan Kohberger ouviu a sua sentença, tendo-lhe dito, inclusive, que desde a morte dos amigos sentia medo.
"Ele é uma cabeça oca. Algo menos que humano. Um corpo sem empatia ou remorsos", apontou na audiência. Já mais tarde, afirmou que Kohberger "escolheu a destruição, escolheu o mal". "Ele não sente nada, tentou tirar tudo de mim".
Um dia após sentença, revelados novos detalhes do crime
O conjunto de novas informações foi revelado depois da sentença ser conhecida, tendo a NBC News divulgado alguns dos detalhes que foram conhecidos.
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Após Bryan Kohberger, de 30 anos, ser sentenciado, foram conhecidas 300 páginas com informações que as autoridades não podiam revelar até agora. Com 'acordo' fechado para evitar pena de morte, eis o que se sabe de novo do caso que chocou Idaho em 2022.
Notícias ao Minuto | 21:11 - 24/07/2025De recordar que Kaylee Gonçalves e Madison Mogen, de 21 anos, e Xana Kernodle e Ethan Chapin, de 20 anos, foram assassinados a 13 de novembro de 2022, numa propriedade fora do campus da Universidade do Idaho, na cidade de Moscow, onde estudavam. Na casa estava ainda outras duas pessoas que não morreram.
O suspeito foi detido após sete semanas de investigação, marcadas pela ansiedade e luto daquela vila universitária. O suspeito vivia no campus da sua universidade, a apenas 15 minutos da casa onde os quatro jovens foram encontrados sem vida.
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