"Na semana passada, enquanto realizávamos a reunião nacional de aprimoramento de estratégia para a mitigação dos problemas ambientais, que decorreu aqui na província de Manica, fizemos visitas de campo, onde constatámos que ainda existem empresas que violam a lei", disse Grácio Cune, inspetor nacional de minas, citado pela comunicação social.
Segundo o representante, cada mineradora foi penalizada de acordo com o tipo de infração cometida: "é o que fizemos, conforme manda a lei".
O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, já havia anunciado em maio a suspensão das atividades de cinco empresas mineradoras na província de Manica, por crimes ambientais e poluição.
Cune explicou que, até ao momento, foram suspensas as atividades de mineração na bacia do Révuè e a maioria das 11 empresas está, atualmente, "com as atividades paralisadas".
As autoridades moçambicanas explicaram ainda que algumas das empresas já tinham sido avisadas para observarem todas as regras ambientais durante a atividade de exploração mineira.
"Nesta visita também constatámos que essa atividade continua a afetar bastante as águas da albufeira de Chicamba. A água continua bastante turva e, a partir da ponte sobre o rio Révuè, ela chega até a barragem quase lamacenta", acrescentou o inspetor de minas.
Em maio, Daniel Chapo alertou que a poluição dos rios dificulta a atividade agrícola, levando mesmo à morte de animais e pessoas naquela província.
"Por causa do garimpo, todos os rios estão poluídos (...), neste momento suspendemos cinco empresas que estão a cometer este crime ambiental, porque as atividades que estão a realizar estão a estragar o meio ambiente", disse na altura o chefe de Estado.
O Presidente adiantou que, além da suspensão das atividades, as mineradoras serão obrigadas a pagar multas pelos crimes cometidos.
"Se continuarem a poluir o ambiente, até as máquinas que estão lá vamos recolher e até vender em hasta pública", declarou o Presidente.
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