Ucrânia. Líderes europeus "prontos para trabalhar" em cimeira trilateral

Líderes europeus afirmaram-se hoje "prontos para trabalhar" com os presidentes norte-americano e ucraniano para uma cimeira trilateral, enquanto avisaram que Moscovo não tem poder de veto sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia e à NATO.

Ursula Von der Leyen, António Costa, Comissão Europeia, Conselho Europeu,

© Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images

Lusa
16/08/2025 11:37 ‧ há 1 hora por Lusa

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Ucrânia

"Tal como previsto pelo Presidente Trump, o próximo passo deverá ser agora novas negociações, incluindo o Presidente Zelensky, com quem se irá reunir em breve. Estamos também prontos para trabalhar com o Presidente Trump e o Presidente Zelensky no sentido de uma cimeira trilateral com apoio europeu", escreveram hoje, num comunicado conjunto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e os líderes do Reino Unido, França, Alemanha, Finlândia, Itália e Polónia.

 

A posição conjunta surge no dia seguinte à cimeira, realizada no Alasca (EUA), entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, que terminou sem um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.

No comunicado, os dirigentes europeus referem ter sido informados, bem como o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por Donald Trump sobre o encontro da véspera com Putin.

Para já, está confirmado um encontro entre os líderes dos EUA e da Ucrânia na segunda-feira, em Washington.

"Os líderes saudaram os esforços do Presidente Trump para travar a matança na Ucrânia, pôr fim à guerra de agressão da Rússia e alcançar uma paz justa e duradoura. Como disse o Presidente Trump, 'não há acordo até que haja um acordo'", sublinham.

Os líderes europeus salientam que a Ucrânia "necessita de garantias de segurança inabaláveis para defender eficazmente a sua soberania e integridade territorial".

"Saudamos a declaração do Presidente Trump de que os EUA estão preparados para oferecer garantias de segurança. A 'Coligação dos Dispostos' está pronta para desempenhar um papel ativo", afirmam.

Por outro lado, advertem contra pressões sobre Kiev.

"A Rússia não pode ter poder de veto contra o caminho da Ucrânia para a UE e a NATO", referem, aludindo à exigência do Kremlin de que Kiev não se junte à Aliança Atlântica.

Também "não deve ser imposta qualquer limitação às forças armadas da Ucrânia ou à sua cooperação com países terceiros", acrescentam.

É à Ucrânia que cabe "tomar decisões sobre o seu território", defendem, sublinhando que "as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força".

Donald Trump tem defendido uma "negociação territorial" no âmbito das conversações sobre o fim do conflito desencadeado pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, mas Kiev rejeita ceder territórios a Moscovo.

Na declaração divulgada hoje, os líderes europeus reafirmam a sua "solidariedade inabalável" para com a Ucrânia, enquanto prometem endurecer as sanções ao regime russo.

"O nosso apoio à Ucrânia continuará. Estamos determinados a fazer mais para manter a Ucrânia forte, de forma a alcançar o fim dos conflitos e uma paz justa e duradoura", dizem.

"Enquanto a matança na Ucrânia continuar, estamos prontos para manter a pressão sobre a Rússia", indicam, apontando "o reforço das sanções" -- a UE já impôs 18 pacotes de sanções a Moscovo pela invasão da Ucrânia e está a preparar um novo pacote, para setembro -- e "medidas económicas mais amplas para pressionar a economia de guerra da Rússia até que haja uma paz justa e duradoura".

Além de Von der Leyen e Costa, assinam a declaração o Presidente francês, Emmanuel Macron; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o chanceler alemão, Friedrich Merz; o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; o Presidente finlandês, Alexander Stubb, e o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

[Notícia atualizada às 11h47]

Leia Também: Hungria diz que mundo está mais seguro após cimeira Trump-Putin

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