Este "acordo transformacional (...) irá acelerar drasticamente o desenvolvimento de uma cadeia de abastecimento de terras raras magnéticas de ponta a ponta nos Estados Unidos e reduzir a dependência de fontes estrangeiras", explicou a MP Materials em comunicado de imprensa.
A empresa planeia iniciar a construção de uma segunda unidade de fabrico de ímanes assim que for identificado um local, graças a um "pacote de investimento de milhares de milhões" de dólares e um "compromisso de longo prazo" do Pentágono.
A produção, que deverá arrancar em 2028, tem como objetivo servir clientes do setor da defesa e também privados.
Isto dar-lhe-á uma capacidade total de produção de 10.000 toneladas por ano, combinada com a sua infraestrutura existente localizada em Mountain Pass (Califórnia), considerado o segundo maior local de mineração de terras raras do mundo.
As terras raras --- dezassete matérias-primas descobertas no final do século XVIII na Suécia, cada uma com propriedades diferentes --- são estratégicas pela sua aplicação nas tecnologias de transição energética e eletrónica.
A cadeia de produção a nível mundial é atualmente dominada pela China.
O acordo prevê a aquisição pelo Pentágono do equivalente a 400 milhões de dólares em novas ações preferenciais convertíveis, bem como o direito de comprar ações ordinárias ao preço de 30,03 dólares por ação.
Concluída a operação, o Pentágono ficará com uma participação de 15% na MP Materials, tornando-se o seu maior acionista.
O Departamento governamental comprometeu-se ainda a pagar um preço mínimo durante dez anos pela produção de uma liga (NdPr) utilizada sobretudo em motores e geradores --- para "reduzir os riscos ligados à especulação externa no mercado" e "garantir um cash flow estável" para a empresa.
Isto também garantirá que todos os ímanes produzidos pela segunda fábrica, denominada 10X, são adquiridos no prazo de dez anos após a sua conclusão.
O executivo do Presidente Donald Trump tem demonstrado preocupação com o abastecimento de terras raras, colocando-as no centro de um acordo com a Ucrânia em assinado em fevereiro e das atuais negociações comerciais com a China.
Trump tem também manifestado intenção de assumir o controlo da Gronelândia, território sob administração da Dinamarca que contém 36,1 milhões de toneladas de terras raras, de acordo com o Serviço Geológico da Dinamarca e da Gronelândia (GEUS).
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