A iniciativa foi hoje apresentada em Roma, durante a Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, pelo comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, e pelo vice-primeiro-ministro ucraniano responsável pela Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Mykhailo Fedorov.
De acordo com ambas as partes, a chamada Bravetech EU é "um investimento estratégico na segurança europeia", que "sublinha o empenhamento da UE em aprender com a Ucrânia, reforçando simultaneamente a sua própria base industrial de defesa".
O objetivo da parceria é impulsionar a inovação através do apoio a ações conjuntas, testes rápidos e colaboração direta entre empresas europeias e ucranianas, especialmente empresas em fase de arranque e PME (Pequenas e Médias Empresas), ajudando a "alinhar os ecossistemas de defesa da UE e da Ucrânia".
Para financiar as ações conjuntas, está prevista a mobilização de até 50 milhões de euros de fundos comunitários, financiamento equivalente àquele já afetado pelo Governo ucraniano a estes programas de desenvolvimento tecnológico na área da Defesa.
"A UE e os seus Estados-Membros têm uma capacidade industrial que pode ajudar a Ucrânia a desenvolver novos sistemas de defesa e a aumentar a resiliência europeia. Por outro lado, a nossa indústria de defesa poderá aprender muito com uma comunidade tecnológica de defesa ucraniana muito inovadora e dinâmica, com a sua indústria e o seu ecossistema", comentou o comissário Kubilius.
Fedorov considerou que "a inovação da Ucrânia em tempo de guerra é o novo paradigma de defesa da Europa e tem de ser alargado", congratulando-se com o que classificou como "a primeira aliança tecnológica em grande escala entre a Ucrânia e a UE".
Esta parceira foi anunciada no segundo e último dia da quarta edição da Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, um evento anual de alto nível que juntou em Roma mais de 3.500 participantes, entre os quais vários chefes de Estado e de Governo, dezenas de delegações nacionais e centenas de representantes de instituições financeiras, empresas, autoridades regionais, municipais, sociedade civil e diáspora ucraniana.
As promessas de ajuda para a resistência e reconstrução da Ucrânia assumidas como compromissos nesta conferência superam os 10 mil milhões de euros, anunciou na quinta-feira a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que copresidiu aos trabalhos juntamente com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
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