Pelo menos dez pessoas morreram num ataque aéreo israelita esta sexta-feira que teve como alvo uma escola na região de Jabalia al-Nazla, no norte da Faixa de Gaza.
O edifício era usado por palestinianos deslocados como um abrigo para diversas famílias. Testemunhas no local falaram num cenário de devastação, onde as equipas de emergência tiveram dificuldade em prestar auxílio aos feridos.
Não muito longe, em Rafah, no nordeste do enclave, as forças israelitas atingiram uma zona perto de uma clínica hospitalar. Neste ataque, o número de mortos já chegou aos doze. A maioria das vítimas eram funcionários da unidade, segundo conta uma fonte médica ao Al Jazeera. Outras 60 pessoas terão ficado feridas.
Os ataques também se fizeram sentir na cidade de Gaza. É a partir do hospital da zona, o al-Shifa, que os vídeos nas redes sociais ilustram o depois: crianças ensanguentadas e feridas enchem os corredores do hospital. São as vítimas mais jovens de um ataque a uma casa no campo de refugiados de Shati, a leste da cidade de Gaza.
E enquanto no norte os hospitais trabalham sem descanso para acudir os feridos, no sul são obrigados a encerrar - pelo menos, temporariamente.
A organização Médicos sem Fronteiras afirmou que o avanço das tropas israelitas sobre Khan Younis obrigou à evacuação de uma clínica e "afetou severamente" as operações numa outra.
Numa publicação na rede social X, a organização afirmou que a expansão da ofensiva israelita, numa área civil, tinha empurrado os habitantes para uma zona cada vez mais pequena perto do mar, onde os drones disparam continuamente sem aviso e os tanques militares continuam a avançar.
This morning, Israeli forces expanded their incursion in western Khan Younis, southern #Gaza.
— Doctors Without Borders / Médecins Sans Frontières (@MSF_canada) July 10, 2025
Tanks advanced, while airstrikes and drones fired into an area full of displaced civilians with no prior warning. pic.twitter.com/tkOxNiz1wu
Quando os soldados israelitas chegaram a 100 metros da clínica, com balas e destroços a atingirem o edifício, a associação não viu outra opção sem ser fechar portas.
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