Primeiro-ministro grego defende suspensão de análise de pedidos de asilo

A medida vai ser discutida hoje pelos deputados no Parlamento de Atenas. 

Kyriakos Mitsotakis

© Costas Baltas/Anadolu via Getty Images

Lusa
11/07/2025 12:51 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Kyriakos Mitsotakis

O primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis defendeu hoje a suspensão da análise dos pedidos de asilo aos cidadãos provenientes do norte de África como necessária face ao aumento dos fluxos migratórios.

 

A medida vai ser discutida hoje pelos deputados no Parlamento de Atenas. 

"Tomámos a decisão difícil, mas absolutamente necessária, de suspender temporariamente o procedimento de análise dos pedidos de asilo", disse o chefe do Governo da Grécia ao jornal alemão Bild.

A decisão do Governo da Grécia, anunciada na quarta-feira, teve como justificação o aumento das chegadas irregulares por mar a partir do norte de África, descrito pelo ministro das Migrações grego como uma invasão.

O Parlamento de Atenas deve adotar formalmente a alteração que suspende a análise dos pedidos de asilo durante um prazo de três meses, nomeadamente às pessoas que chegam à ilha de Creta vindas da Líbia.

Segundo o ministro das Migrações do Executivo da Grécia, Thanos Plevris, desde o início do ano chegaram a Creta cerca de oito mil pessoas, face às quatro mil no ano passado.

No total, chegaram à Grécia mais de 14 mil requerentes de asilo desde o passado mês de janeiro. 

Em junho, o número de chegadas aumentou tendo as autoridades locais gregas alertado que as instalações de acolhimento ficaram lotadas.

Na quinta-feira, mais de 500 migrantes intercetados ao largo da costa de Creta foram transportados para Lavrion, um porto perto de Atenas devendo ser conduzidos para centros de acolhimento em território continental grego nos próximos dias. 

Thanos Plevris, antigo membro de um grupo de extrema-direita atualmente extinto, afirmou que a Grécia "não é um hotel" para os requerentes de asilo.

"A mensagem que estamos a enviar é clara: fiquem onde estão. Não são bem-vindos aqui", disse dirigindo-se aos migrantes.

Segundo o ministro para as Migrações, a Grécia deve proteger o próprio território e não pode, em circunstância aceitar o que disse ser uma "invasão maciça que está a ser preparada".

O ministro não especificou o que significa preparação de invasão.

Entretanto, o líder de um grupo político de esquerda, Cap sur la Liberté, classificou a alteração como uma vergonha e uma "desgraça" criticando o governo liderado por Mitsotakis.

Zoé Konstantopoulou, do grupo Cap sur la Liberté, acusou o governo grego de voltar a colocar o racismo no centro do debate político.

Leia Também: Choque na Grécia. Mulher matou quatro bebés (duas eram suas filhas)

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