Grupo armado ataca Comissão dos Direitos Humanos do Quénia

Um grupo armado atacou hoje a sede da Comissão dos Direitos Humanos do Quénia durante uma conferência de imprensa que apelava ao fim da violência patrocinada pelo Estado, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Extensa rachadura no Quênia indica que a África poderá se dividir ao meio

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Lusa
06/07/2025 14:06 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Quénia

"A porta estava trancada, mas eles forçaram a entrada. Atacaram e roubaram pessoas, dizendo-lhes: 'Vocês estão a organizar manifestações aqui'", relatou um jornalista da AFP presente no local.

 

A conferência de imprensa foi realizada antes do 'Dia Saba Saba', uma comemoração anual dos protestos pró-democracia da década de 1990.

A comemoração coincide este ano com manifestações em grande escala contra a brutalidade policial e a má governação.

Um grupo de uma dezena de pessoas, algumas armadas com bastões, irrompeu nas instalações da comissão em Nairobi pouco antes do início dos discursos.

O ataque teve lugar num contexto de grande tensão no Quénia, onde as últimas manifestações de junho degeneraram em pilhagens e violência, provocando a morte de 19 pessoas.

Nas últimas semanas, 'capangas' armados, como são vulgarmente conhecidos no Quénia, foram destacados para atacar manifestantes.

Em 17 de junho, manifestantes que marchavam contra a violência policial foram atacados por centenas de homens em motas armados com chicotes e bastões.

Os jornalistas da AFP presentes no local viram estes homens a trabalhar sob a aparente proteção da polícia, tendo alguns declarado abertamente que tinham sido pagos por representantes das autoridades locais.

Os manifestantes denunciam o aumento do custo de vida e uma elite política implicada em múltiplos escândalos de corrupção.

Na segunda-feira, o Quénia assinala o "Saba Saba" ("sete setes" em suaíli), o sétimo dia do sétimo mês, quando a oposição se levantou em 1990 para exigir o regresso de um sistema multipartidário e da democracia num país então governado com "mão de ferro" pelo autocrata Daniel arap Moi (1920-2020).

Leia Também: Pelo menos 16 mortos em manifestações no Quénia

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