Pelo menos 16 mortos em manifestações no Quénia

Na quarta-feira, milhares de jovens voltaram às ruas em várias cidades para homenagear as vítimas dos protestos organizados em junho e julho do ano passado contra uma lei orçamental controversa, e que incluíram a tomada do parlamento em 25 de junho de 2024.

Rally marks anniversary of Gen Z protest movement in Nairobi

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Lusa
26/06/2025 13:45 ‧ há 3 horas por Lusa

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Quénia

Pelo menos 16 pessoas foram mortas na quarta-feira, no Quénia, durante manifestações em memória do movimento sem precedentes de 2024, com a violência a reduzir a cinzas muitos comércios na capital, refere hoje a Amnistia Internacional.

 

Na quarta-feira, milhares de jovens voltaram às ruas em várias cidades para homenagear as vítimas dos protestos organizados em junho e julho do ano passado contra uma lei orçamental controversa, e que incluíram a tomada do parlamento em 25 de junho de 2024.

Mais de 60 pessoas foram mortas no total e mais de 80 foram sequestradas --- até meses após os protestos ---, algumas das quais ainda estão desaparecidas, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos.

Na quarta-feira, as manifestações inicialmente pacíficas tornaram-se violentas ao longo do dia, com manifestantes a atear fogos e a atirar pedras às forças de segurança, que responderam lançando gás lacrimogéneo e granadas para dispersar os manifestantes.

O diretor da Amnistia Internacional no Quénia afirmou que o número de vítimas subiu para 16 mortos.

Um balanço anterior divulgado na quarta-feira à noite apontava para oito mortos e pelo menos 400 feridos em todo o país, dos quais 83 em estado grave, de acordo com uma coligação de cerca de 20 Organizações Não-Governamentais (ONG) de defesa dos direitos humanos, incluindo a Amnistia Internacional.

Os serviços de emergência relataram vários feridos a tiro, enquanto os meios de comunicação locais referiram que a polícia disparou com munições reais, nomeadamente nos arredores de Nairobi.

Segundo a agência de notícias francesa, AFP, vários edifícios foram incendiados, vidros partidos e lojas saqueadas e o centro da cidade de Nairobi apresentava, hoje, marcas dos confrontos da véspera.

O Presidente, William Ruto, que chegou ao poder em 2022 com a promessa de defender os mais pobres, abandonou o seu projeto de lei das finanças no final do ano passado, que incluía aumentos de impostos impopulares após anos de corrupção, mas isso não travou as manifestações.

Além da violência, da corrupção e das dificuldades económicas, os jovens reclamam os empregos que o Presidente lhes prometeu durante a sua campanha.

Leia Também: Autoridades proíbem diretos das manifestações no Quénia. As imagens

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