República Checa denuncia espionagem da China em visita da vice de Taiwan

Os serviços de informação da República Checa denunciaram que agentes chineses vigiaram a vice-presidente de Taiwan, Hsiao Bi Khim, durante a sua visita ao país, um ato que condenaram e classificaram de intimidação, noticiou hoje a Europa Press.

Taiwan Inter-Parliamentary Alliance on China (IPAC) summit

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Lusa
29/06/2025 12:37 ‧ há 7 horas por Lusa

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A notícia foi divulgada na quinta-feira quando o porta-voz do Serviço de Informação Militar checo, Jan Pejsek, confirmou à Rádio Praga Internacional que funcionários da Embaixada chinesa em Pequim começaram a "seguir fisicamente" Hsiao Bi Khim "ao ponto de pôr em risco a sua vida".

 

A China já reagiu, com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun, a rejeitar categoricamente qualquer ato de espionagem ou intimidação.

"Quero enfatizar que o pessoal diplomático chinês sempre respeitou as leis e regulamentos do país anfitrião. A China insta as partes relevantes a não se deixarem provocar ou manipular pelas forças separatistas a favor da independência de Taiwan e a não criarem problemas desnecessários ou propaganda maliciosa que enfraqueça as relações bilaterais", defendeu Guo Jiakun.

Segundo os serviços de informação checos, as missões de vigilância realizada por agentes chineses à vice-presidente de Taiwan ocorreram durante uma visita ao país europeu em março do ano passado, uma das primeiras após assumir o cargo.

Fontes dos serviços de informação checa, que pediram o anonimato, explicaram que o risco de vida se deveu ao facto de esses agentes que seguiam a vice-presidente de carro conduzirem "de forma errática" e estarem prestes a causar um acidente de trânsito.

Quando a polícia parou o carro, um dos seus ocupantes apresentou um passaporte diplomático chinês.

A inteligência checa condenou esta "violação flagrante das relações diplomáticas" e apontou como responsáveis diretos os membros do Gabinete Militar da Embaixada da China no país.

Em mensagens publicadas nas suas redes sociais, Hsiao Bi Khim agradeceu às autoridades checas a sua hospitalidade e a segurança que lhe proporcionaram durante a sua visita, antes de condenar Pequim pelos seus atos.

"As atividades ilegais do Partido Comunista da China não me impedirão de expressar os interesses de Taiwan perante a comunidade internacional", afirmou numa mensagem na sua conta do X, avisando: "Taiwan não se deixará isolar pela intimidação".

Para o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, a República Checa permitir a visita de figuras "linha dura" a favor da independência de Taiwan, como Hsiao Bi Khim, constitui uma "grave violação do princípio de uma só China e dos compromissos políticos da República Checa com a China".

Para o porta-voz, visitas como esta representam "uma flagrante ingerência nos assuntos internos da China, sobre os quais expressou a sua firme insatisfação e oposição".

A China proclama há décadas a sua soberania sobre Taiwan, enquanto as autoridades da ilha defendem a sua autonomia e denunciam constantes manobras de pressão por parte de Pequim.

Leia Também: Taiwan vai impor taxas 'antidumping' sobre cerveja e aço da China

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