Descoberta nova espécie de réptil marinho do período Cretáceo

Fósseis descobertos pela primeira vez em 1988 que se achavam ser de um Elasmossauro, um réptil marinho de pescoço comprido, acabam de ser identificados como pertencendo a uma nova espécie denominada Traskasaura sandrae.

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© O’Keefe et al.

Lusa
24/05/2025 06:59 ‧ há 3 horas por Lusa

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Os fósseis com 85 milhões de anos fazem parte de uma espécie oficialmente designada por Traskasaura sandrae e apresentam uma estranha mistura de características primitivas e derivadas, diferente de qualquer outro Elasmossauro, de acordo com um estudo publicado no Journal of Systematic Palaeontology.

 

A investigação assinada por cientistas do Canadá, dos Estados Unidos e da Universidade do Chile indica que o Traskasaura tinha um conjunto único de adaptações que lhe permitiam caçar presas a partir de cima.

Este réptil marinho que viveu no Cretáceo Superior, na era Mesozoica, tinha 12 metros de comprimento e um pescoço muito comprido. Existem pelo menos 36 vértebras cervicais bem preservadas e pode ter tido pelo menos 50 ossos nessa parte do corpo.

Tinha também dentes pesados, afiados e robustos, ideais para esmagar, pelo que as suas presas podiam ser amonites, moluscos cefalópodes.

Embora não se saiba muito sobre o comportamento do Traskasaura, a "fascinante e longa lista de carateres autapomórficos" nos seus ossos indica uma forte capacidade de nadar para baixo, disse Robin O'Keefe, da Universidade Marshall (EUA) e um dos autores.

O investigador acredita que a combinação das suas características invulgares estava relacionada com o seu estilo de caça, atacando as presas a partir de cima.

Os primeiros fósseis foram encontrados em 1988 na ilha de Vancouver (Canadá) e, desde então, foram recuperadas partes de três animais, um dos quais um esqueleto juvenil bem preservado.

Descritos pela primeira vez em 2002, os fósseis tornaram-se recentemente famosos, tendo sido adotados pela província da Colúmbia Britânica (Canadá) e declarados emblema oficial dos fósseis.

No entanto, a identidade exata do animal permaneceu um mistério até agora.

"A confusão científica em relação a este táxon é compreensível" devido à estranha mistura de características, acrescentou o especialista.

Na descrição inicial, os especialistas estavam relutantes em criar um novo género baseado apenas nos restos de esqueletos adultos.

No entanto, um novo esqueleto parcial, excelentemente preservado, permitiu à equipa lançar muita luz sobre a morfologia deste Elasmossauro e, eventualmente, identificá-lo como um novo género e espécie.

Leia Também: Estudo diz que animais adaptados ao frio surgiram há 2,6 milhões de anos

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