"Condenamos o uso de uma mula carregada de explosivos em Valdivia, Antioquia. Um membro do Exército morreu e dois ficaram feridos. Lembramos que o DIH [Direito Internacional Humanitário] proíbe o uso de métodos de guerra que causem sofrimento desnecessário e violem o princípio da humanidade", declarou a organização na rede social X.
O ataque referido pelo Gabinete de Direitos Humanos da ONU aconteceu na quarta-feira, alegadamente perpetrado por guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), que fizeram detonar um explosivo preso ao animal para atacar os soldados.
A explosão matou o segundo-tenente Jhonatan Monsalve Moreno e feriu dois soldados, indicou o comando do Exército, em comunicado.
"Instamos todos os atores armados a respeitarem rigorosamente as regras do DIH e a protegerem e respeitarem a população civil em todos os momentos", acrescentou o Gabinete da ONU.
A utilização de animais para fins terroristas não é uma novidade na Colômbia.
As antigas guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) usaram-nas no passado, mas um ataque desta natureza não ocorre há anos.
"Em tempos passados, a nossa pátria foi atacada da mesma forma. Hoje, décadas depois, o ELN repete esta barbárie, demonstrando o desprezo pela vida, pela lei e pelo mais elementar sentido de humanidade", afirmou o comandante do Exército, Luis Emilio Cardozo.
Leia Também: Colômbia nomeia nova chefe da diplomacia após polémica com passaportes