"A Índia rejeita as alegações infundadas feitas pelo Paquistão sobre o alegado envolvimento indiano no incidente de hoje em Khuzdar [no Baluchistão, a maior província paquistanesa]", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano, em comunicado.
Pelo menos cinco pessoas, incluindo três crianças, morreram e quase 40 ficaram feridas na sequência de um ataque bombista contra um autocarro escolar, na região do Baluchistão, na fronteira com o Irão e o Afeganistão, zona onde operam grupos separatistas.
Islamabad acusa-os de realizarem ataques letais contra forças de segurança e civis.
Nova Deli lamentou a perda de vidas em todo o tipo de incidentes violentos, mas considerou que, no Paquistão, tornou-se costume culpar a Índia por todos os problemas internos "para desviar a atenção da reputação como centro global do terrorismo e esconder os próprios fracassos graves".
Esta "tentativa de enganar o mundo está condenada ao fracasso", acrescentou o Ministério indiano.
Os dois países viveram, entre 22 de abril e 10 de maio, a fase mais aguda de tensão neste século, com a crise a intensificar-se entre 07 e 10 de maio, atingindo níveis que não se viam desde a Guerra de Cargil, em Caxemira, em 1999.
Nova Deli e Islamabad trocaram mesmo ataques com mísseis e drones, principalmente na região disputada de Caxemira.
A 10 de maio, as duas potências nucleares chegaram a um acordo de cessar-fogo com a mediação dos Estados Unidos.
Nos últimos dias, o Exército paquistanês relatou várias operações no território em que alegados rebeldes, associados por Islamabad à Índia, foram mortos.
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