Uma mulher brasileira cumpriu o sonho de ser mãe aos 63 anos, já depois de entrar na menopausa e de fazer uma laqueação de trompas.
A história de Beatriz Barbara foi divulgada num episódio da série 'Prazer, Renata – 60+', do Fantástico.
A mulher, que já tinha dois filhos, uma mulher de 40 anos e um homem de 42, engravidou por fertilização in vitro, com um óvulo de uma doadora jovem, fecundado com o sémen do marido, Éder, de 35 anos.
O casal conheceu-se quando Beatriz tinha 56 anos e Éder 27. Foram apresentados por um amigo, conversaram nas redes sociais e conheceram-se melhor. "Eu casei com um rapaz mais novo do que os meus filhos", disse, entre risos.
Assim, sete anos depois, decidiram ser pais e em março deste ano veio ao mundo o bebé Caio.
"Eu já tinha passado pela menopausa e por laqueadura. Então, essa possibilidade de ter filho, para mim era quase que impossível", disse a mulher, de Três Pontas, em Minais Gerais.
Questionada sobre o que não gosta de ouvir, a mulher, já reformada, admite que é o facto de a acusarem de ser "egoísta".
"Falam que é egoísmo. Que a gente vai morrer, vai faltar, vai deixar o filho sem mãe. Mas a gente não sabe dos planos de Deus, já que ele me deu esse bebé, ele vai deixar a gente conviver bom tempo", considerou.
"E eu penso que isso vai ser até motivo para eu cuidar mais de mim, da minha saúde e ter uma longevidade maior", sublinhou ainda.
O programa aponta que a população com mais de 60 anos no Brasil duplicou de 2000 a 2023. Ao Fantástico, o médico gerontologista Alexandre Kalache destacou que o envelhecimento deixou de ser uma exceção.
"A grande conquista social dos últimos 100 anos foi poder envelhecer como regra, não como exceção", disse.
Segundo as pesquisas, ganharam-se, pelo menos, mais 30 anos de vida do que as gerações passadas.
"A minha geração, quando nasci, esperava viver 46 anos. Hoje, está em 77. Há uma diferença de você falar velhice e longevidade. O que eu ganhei ao longo da minha vida não são 31 anos de velhice, são 31 anos de vida", afirmou Kalache.
Desta forma, apontam que esta longevidade também pode ser sinónimo de novas formas de vida, com diferentes possibilidades.
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