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Primeiro-ministro turco fixa 2023 como data de adesão à UE

O novo primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davotuglu, estabeleceu hoje 2023 como data limite para a entrada do país na União Europeia (UE) e assegurou que a solução do conflito com a minoria curda será uma prioridade do seu governo.

Primeiro-ministro turco fixa 2023 como data de adesão à UE
Notícias ao Minuto

17:35 - 01/09/14 por Lusa

Mundo Solução

"O objetivo é coroar o 100.º aniversário a nossa República com a integração na UE", disse o chefe do governo ao apresentar o programa do executivo no Parlamento, dominado pelo islamita-conservador Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) e que no próximo sábado deverá legitimar o novo gabinete.

Em 2023 assinalam-se os 100 anos da fundação da Turquia moderna, na sequência do colapso do Império otomano no final da I Guerra Mundial.

Davutoglu, o ex-responsável pela diplomacia de Ancara que substituiu na chefia do governo Recep Tayyip Erdogan, o novo Presidente do país, prometeu que a adesão à UE permanece um dos objetivos da Turquia, apesar dos atrasos e obstáculos nas negociações que decorrem desde 2005, e cuja responsabilidade atribuiu a Bruxelas.

Nesta perspetiva, anunciou que entre 2014 e 2017 vai ser aplicado um programa nacional de medidas para preparar a entrada do país euroasiático no clube europeu.

O primeiro-ministro também insistiu na ideia da construção de uma "nova Turquia", emitida por Erdogan no seu discurso da vitória após a eleição para a presidência em 10 de agosto.

Uma renovação do país que, como assegurou, implica a aprovação de uma nova Constituição, que será "democrática".

Entre as prioridades do seu governo, Davutoglu destacou o processo negocial destinado a terminar com 30 anos de conflito armado com a minoria curda, definindo-o como uma iniciativa "de abertura democrática, unidade nacional e irmandade".

No decurso do mandato de Erdogan, que chefiava o executivo desde 2003, a Turquia e a guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) iniciaram contactos diretos e em março de 2013 foi iniciado um processo de paz que as duas partes afirmam pretender aprofundar.

Outro ponto central do programa do governo reside no prosseguimento do combate ao "Estado paralelo", que segundo as autoridades turcas foi erguido pela confraria religiosa de Fethullah Gulen, autoexilado nos Estados Unidos no final da década de 1990, e que ainda manterá uma importante influência no sistema judicial e nas forças de segurança.

"O combate dentro da lei contra aqueles que ameacem a democracia vai prosseguir", advertiu o primeiro-ministro, que tem prometido "tolerância zero" a quem manifestar mais lealdade a Gulen que ao Estado turco.

A resolução do conflito palestiniano, a crise com a vizinha Síria, a divisão de Chipre e o desenvolvimento das relações com a Rússia, incluindo a situação na Ucrânia, vão também permanecer como prioridades para o novo executivo de Ancara.

Na área económica, Davutoglu decidiu manter a mesma equipa e a mesma estratégia adotada por Erdogan, com o objetivo de colocar a Turquia entre as dez economias mais poderosas do mundo em 2023.

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