Estados Unidos "não hesitarão" em reforçar sanções ao Irão
A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, vai advertir hoje, num discurso do qual foram divulgados excertos, de que Washington "não hesitará" em, juntamente com os seus aliados, reforçar as sanções ao Irão após o ataque a Israel.
© Alex Wong/Getty Images
Mundo Israel/Palestina
"O [Departamento do] Tesouro não hesitará em trabalhar com os nossos aliados para usar o nosso poder de sanções para continuar a perturbar as atividades malignas e destabilizadoras do regime iraniano", avisará a responsável da Economia e das Finanças do Governo do Presidente Joe Biden.
Falando a abrir uma conferência de imprensa do dia em que se iniciam as reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, Janet Yellen sublinhará que "as ações do Irão ameaçam a estabilidade da região e poderão ter repercussões económicas".
No sábado à noite, Teerão realizou um ataque direto ao território israelita, em resposta a um ataque mortal contra o seu consulado em Damasco, Síria, atribuído a Israel.
Desde a chegada de Joe Biden à Casa Branca, em janeiro de 2021, os Estados Unidos da América (EUA) visaram "mais de 500 pessoas e entidades ligadas ao terrorismo e ao financiamento do terrorismo pelo regime iraniano" e os vários movimentos a ele ligados na região, indicará a responsável.
Os seus alvos foram, em particular, "os programas de 'drones' (aeronaves não-tripuladas) e de mísseis do Irão e o seu financiamento do [movimento islamita palestiniano] Hamas, dos [rebeldes iemenitas] Huthis, do [grupo xiita libanês] Hezbollah e de milícias iraquianas", precisará.
Yellen vai insistir que as sanções impostas ao Hamas não devem impedir a ajuda humanitária de chegar aos habitantes da Faixa de Gaza - afetados pela guerra que Israel ali trava há mais de seis meses, em retaliação contra um ataque do movimento islamita palestiniano ao seu território, a 07 de outubro de 2023 -, assegurando que o Tesouro procedeu de forma a "garantir que as sanções não criam entraves à ajuda vital".
"Em Gaza, toda a população -- mais de dois milhões de pessoas -- enfrenta insegurança alimentar aguda, e a maior parte da população está deslocada. Cabe a todos nós, aqui presentes nestas reuniões, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para pôr fim a esse sofrimento", sustentará a secretária do Tesouro norte-americana, no seu discurso.
Além disso, tal como anunciado na segunda-feira por um responsável do Departamento do Tesouro, Washington tenciona aproveitar as reuniões da primavera do FMI e do Banco Mundial para fazer avançar o plano de utilização dos bens congelados da Rússia para armar e reconstruir a Ucrânia, a braços com uma invasão militar russa desde fevereiro de 2022.
"Continuamos a trabalhar com os nossos parceiros internacionais para desbloquear o valor económico dos bens soberanos russos congelados e garantir que a Rússia paga pelos danos que causou", dirá Janet Yellen.
As reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial começaram hoje em Washington e durarão uma semana.
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