Chips? UE e EUA prolongam cooperação para combater domínio chinês
União Europeia (UE) e Estados Unidos vão prolongar por três anos os acordos de cooperação para identificar problemas nas cadeias de abastecimento de chips e analisar o domínio chinês nos semicondutores menos avançados, foi hoje revelado.
© Win McNamee/Getty Images
Mundo Gina Raimondo
No documento, recordam que os EUA iniciaram um janeiro um inquérito obrigatório junto da sua indústria para avaliar a presença deste tipo de chips nas cadeias de abastecimento que suportam a sua infraestrutura crítica e de segurança, enquanto a UE também começou a recolher informações, embora de forma voluntária.
A intenção, explicaram, é partilhar informações e dados não confidenciais sobre as políticas e práticas dos países sem economia de mercado, consultarem-se mutuamente sobre os seus respetivos planos e, potencialmente, tomar medidas conjuntas para resolver as distorções que possam ocorrer nas cadeias de abastecimento global para este tipo de semicondutores.
"Aproximadamente 60% dos novos chips de nós maduros que chegarão ao mercado nos próximos anos serão produzidos na China e sabemos que há uma atribuição massiva de subsídios a esta indústria por parte do governo chinês, que poderá levar a enormes distorções do mercado. É por isso que nos concentramos neste assunto", acrescentou a secretária de Comércio norte-americana, Gina Raimondo, em conferência de imprensa.
Estes chips, apesar de não serem os mais avançados -- que se caracterizam pelo seu menor tamanho -- estarão presentes numa infinidade de produtos manufaturados, tais como automóveis, aviões, eletrodomésticos, instrumentos médicos, máquinas industriais ou aplicações militares, entre outros.
"Os semicondutores apoiam toda a nossa economia e isto será cada vez mais o caso à medida que avançamos na era da Inteligência Artificial", insistiu Raimondo, acrescentando que Washington pretende "diálogo constante e vigilância" por parte dos seus parceiros para contrariar as intenções chinesas de contornar os controlos às exportações de tecnologia avançada, incluindo chips, impostos por Washington.
Neste sentido, a vice-presidente executiva da Comissão Europeia Margrethe Vestager explicou que, durante o encontro, foram abordados estes controlos à exportação e acrescentou que ambos os parceiros vão cruzar a informação dos seus respetivos inquéritos à indústria de semicondutores para tomar medidas.
Para além de analisar o peso da China nos chips de nós maduros, Bruxelas e Washington comprometeram-se também a continuar a trabalhar para identificar alternativas à utilização de substâncias perfluoradas em chips, por exemplo, explorando a utilização de Inteligência Artificial para o efeito.
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