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Netanyahu alerta que convocar eleições significaria perder a guerra

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que convocar agora eleições em Israel seria sinónimo de "perder a guerra contra o Hamas", apelando a um consenso em todo o espetro político parlamentar e na coligação governamental.

Netanyahu alerta que convocar eleições significaria perder a guerra
Notícias ao Minuto

21:00 - 29/02/24 por Lusa

Mundo Israel

"Se alguém apresentar exigências extremas de qualquer tipo, seremos arrastados para eleições. O que significaria uma eleição agora? Parar a guerra na Faixa de Gaza e, portanto, sermos derrotados, além de paralisar o país durante seis ou oito meses", frisou Netanyahu, durante um discurso televisionado.

O chefe do Governo israelita respondeu desta forma às divisões dentro do seu executivo, sobre a controvérsia que a isenção militar para os judeus ultraortodoxos gerou em plena guerra.

Há cada vez mais defensores da eliminação desse 'privilégio', sobre o qual os partidos Haredi, fundamentais para sobrevivência do governo, não estão dispostos a ceder.

"Uma divisão que conduza a eleições implicaria algemar o Governo, que não teria capacidade para tomar decisões importantes relativamente aos reféns, à ofensiva em Rafah ou ao confronto com o Hezbollah", alertou Netanyahu.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, figura importante dentro do gabinete de guerra e membro do Likud, defendeu esta quarta-feira que todos os setores da sociedade israelita, incluindo os ultraortodoxos, devem ser recrutados para o serviço militar, considerando uma "necessidade nacional" em tempo de guerra na Faixa de Gaza.

Durante décadas, os israelitas ultraortodoxos mantiveram uma isenção quase geral do serviço militar obrigatório caso se dedicassem aos estudos religiosos, com base numa disposição executiva que é renovada periodicamente.

Grupos civis e reservistas, apoiados por 170 ex-generais e oficiais superiores das forças de segurança, interpuseram um recurso no Supremo Tribunal para anular esta disposição defendendo que viola o princípio da igualdade.

Estima-se que existam atualmente 66 mil jovens Haredi ou ultraortodoxos em idade de serviço militar, o que equivale a cinco divisões do Exército.

O recurso sobre a isenção militar dos haredis continua a decorrer no Supremo Tribunal, que na segunda-feira pediu ao Governo que apresentasse argumentos sobre o porquê de uma resolução governamental, aprovada em junho de 2023 durante nove meses e que garantiu a isenção de estudantes ultraortodoxos, não deve ser anulado.

Benjamin Netanyahu insistiu ainda, durante o mesmo discurso, que as forças israelitas vão manter a sua ofensiva terrestre em Rafah, para alcançar a "vitória total" e eliminar os restantes batalhões do Hamas.

Mas garantiu mais uma vez que a população civil da região, onde vivem cerca de 1,4 milhões de habitantes de Gaza, a maioria deslocada, será retirada primeiro.

Sobre as negociações para uma trégua que avançam lentamente em Doha, o primeiro-ministro sublinhou que Israel não cederá "às exigências malucas" do Hamas e explicou que ainda aguardam uma lista com os nomes dos reféns a serem libertados durante o cessar-fogo.

O Exército israelita lançou uma ofensiva contra Gaza em retaliação aos ataques do grupo islamita palestiniano de 07 de outubro, que provocaram quase 1.200 mortos e 240 raptados.

Desde então, as autoridades de Gaza relataram a morte de mais de 30.000 palestinianos, além de mais de 400 na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, devido às ações das forças de segurança e aos ataques israelitas.

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