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Líbano vai apresentar queixa urgente contra Israel nas Nações Unidas

O primeiro-ministro interino do Líbano, Nayib Mikati, anunciou hoje que Beirute vai apresentar uma "queixa urgente" ao Conselho de Segurança das Nações Unidas por causa da "persistente agressão israelita".

Líbano vai apresentar queixa urgente contra Israel nas Nações Unidas
Notícias ao Minuto

12:51 - 15/02/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

O anúncio da queixa surge depois de 12 pessoas, incluindo 10 civis, terem sido mortas quarta-feira em novos bombardeamentos no sul do país.

"Perante a persistência da agressão israelita, a queda de mártires e a destruição maciça causada, discuti a situação com o Ministro dos Negócios Estrangeiros Abdullah bu Habib e pedi-lhe que apresentasse uma nova queixa urgente contra Israel no Conselho de Segurança da ONU", disse Mikati.

"Enquanto apelamos à calma e apelamos a todas as partes para que se empenhem em evitar uma escalada das hostilidades, consideramos que o inimigo israelita continua a sua agressão, o que nos leva a apelar aos atores internacionais para que tomem medidas para responder ao inimigo", disse Mikati, de acordo com uma declaração publicada pelo seu gabinete na conta da rede social X (ex-Twitter).

Um membro do conselho central do partido da milícia xiita Hezbollah, Nabil Qauq, sublinhou hoje que "a batalha vai continuar enquanto a agressão contra Gaza se mantiver". 

"A única forma de obrigar o inimigo a parar a sua agressão contra Gaza é a vitória no terreno", afirmou.

"Nós, através da coordenação e integração com a resistência em Gaza e na região, conseguiremos a derrota do inimigo e uma grande vitória para a nação, que gerará novas equações e estratégias que nos aproximarão da libertação da Palestina", disse, citado pelo canal de televisão libanês Al Manar, ligado ao Hezbollah.

Neste sentido, sublinhou que "o inimigo israelita faz ameaças diárias e bombardeia cidades e aldeias porque está indefeso e por causa da crise em Gaza".

"Ameaça com medo, porque percebe que a batalha no Líbano seria mais difícil e mais intensa", disse Qauq, acrescentando que o grupo "está preparado para a possibilidade de uma expansão da guerra".

"A resistência decidiu responder rápida e firmemente a qualquer escalada com nova escalada, à deslocação com a deslocação e à destruição com a destruição", disse, sublinhando que Israel "está consciente da força" do Hezbollah. 

"Sabem que os mísseis e os 'drones' [aeronaves não tripuladas] da resistência islâmica no Líbano podem atingir todas as suas cidades, povoações e aeroportos", acrescentou.

O exército israelita confirmou hoje novos bombardeamentos contra supostos alvos da milícia xiita Hezbollah no sul do país, na sequência de uma "extensa vaga de ataques" lançada na quarta-feira após um ataque com mísseis do grupo contra a cidade israelita de Safed, que causou um morto.

Entretanto, o Ministério da Saúde libanês afirmou que, até ao momento, foram confirmados 177 mortos e 666 feridos nas ofensivas israelitas ao Líbano, na sequência dos combates que se seguiram aos ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), a 07 de outubro.

As tensões entre Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irão, aumentaram na sequência da morte, no início de janeiro, do 'número dois' do Hamas, Saleh al-Arouri, e de seis outros membros da milícia palestiniana, incluindo dois membros superiores do braço armado do grupo, as Brigadas Ezzeldin al-Qassam, num atentado bombista atribuído ao exército israelita em Beirute, a capital libanesa.

Leia Também: Israel bombardeia sul do Líbano em retaliação por ataques do Hezbollah

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