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Conselho de Segurança da ONU condena "cobarde ataque" do El no Irão

O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou hoje veementemente o "cobarde ataque terrorista" que causou pelo menos 84 mortos no Irão e que foi reivindicado pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

Conselho de Segurança da ONU condena "cobarde ataque" do El no Irão
Notícias ao Minuto

19:44 - 04/01/24 por Lusa

Mundo Estado Islâmico

Em comunicado, os membros deste conselho condenaram o ataque e endereçaram as "mais profundas condolências às famílias das vítimas" do ataque, que ocorreu na quarta-feira perto das cerimónias que assinalavam a morte do general Qasem Soleimani, assassinado em Bagdade em 2020 por ordem do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"O terrorismo em todas as suas formas e manifestações constitui uma das ameaças mais perigosas à paz e segurança internacionais", sublinharam, realçando também a "necessidade de responsabilizar os autores, organizadores, financiadores e apoiantes" do ataque e de levá-los à justiça.

Segundo os dados oficiais, a dupla explosão em Kerman, no sul do Irão, provocou 84 mortos e ainda 284 feridos, alguns deles em estado grave, pelo que o total de vítimas mortais pode aumentar.

A primeira explosão ocorreu por volta das 14:45 locais, a cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano, e a segunda 15 minutos mais tarde.

O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado, num comunicado divulgado através dos seus canais na rede social Telegram, referindo que dois dos seus membros "dirigiram-se para uma grande concentração" de pessoas junto do túmulo de Soleimani em Kerman e "fizeram detonar os cintos com explosivos".

O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, tinha anteriormente prometido uma "resposta severa" aos "inimigos diabólicos e criminosos da nação iraniana" que levaram a cabo o ataque.

Por seu lado, o chefe da força Qods, o ramo de operações externas do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, general Esmail Qaani, tinha sugerido, antes da reivindicação do EI, que os autores do atentado tinham sido "abastecidos pelos Estados Unidos e pelo regime sionista".

O Departamento de Estado norte-americano considerou absurda qualquer sugestão de envolvimento dos Estados Unidos ou de Israel, cujo governo não comentou o atentado.

O atentado foi o mais mortífero no Irão desde 1978, quando um fogo posto matou pelo menos 377 pessoas num cinema em Abadan, segundo os arquivos da AFP.

Perante um dos atentados mais brutais das últimas décadas no Irão, as autoridades da República Islâmica garantiram que os "autores" do ataque serão detidos pelas forças de segurança e serviços secretos e que os seus apoiantes "temerão a ira da nação iraniana".

O Estado Islâmico reivindicou a autoria de vários atentados em solo iraniano no passado, sendo o mais recente, antes do atentado de Kerman, um ataque a um mausoléu na cidade meridional de Shiraz, no qual morreram 15 pessoas em outubro de 2022.

A dupla explosão ocorreu num contexto regional muito tenso desde o início da guerra, em 07 de outubro, entre Israel e o Hamas, e no dia seguinte à eliminação de um alto funcionário do movimento islamita palestiniano num ataque perto de Beirute, atribuído a Israel.

Leia Também: Daesh reivindica ataques que aconteceram junto a túmulo de Soleimani

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