O mundo ocidental estará a aplicar maior pressão sobre Telavive para adiar a invasão terrestre da faixa de Gaza, diz a agência Al Jazeera, alertando para a crescente raiva dos familiares dos reféns capturados pelo Hamas e mantidos em Gaza.
Segundo a mesma agência de notícias, os governos ocidentais estarão a tentar que Israel espere até que haja notícias sobre eventuais libertações de reféns, após o Hamas ter entregado duas reféns norte-americanas, na sexta-feira, num acordo mediado pelo Qatar.
Questionado sobre o assunto, este sábado, o presidente norte-americano Joe Biden deu uma resposta telegráfica, sem avançar grandes detalhes: "Tenho falado com os israelitas."
Em simultâneo, as famílias dos reféns que ainda estão sob o controlo do Hamas em Gaza têm manifestado o seu desagrado com o governo israelita, pressionando-o também para que adie o início da invasão terrestre do território. Isto porque pretendem ver se é possível assegurar a libertação de mais alguns reféns, antes que Telavive entre em Gaza.
Neste sábado, o Hamas alegou que estava disposto a libertar mais dois reféns israelitas, mas Israel terá recusado recebê-los. Em resposta, o gabinete do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu disse apenas tratar-se de "propaganda mentirosa", à qual não iria sequer responder.
O movimento islamista Hamas lançou, a 7 de outubro, um ataque em território israelita, espoletando uma escalada da violência com Israel. Resultaram, até ao momento, vários milhares de mortes civis, tanto em Gaza como em Israel, para além de desaparecimentos e um agravamento da situação humanitária na faixa de Gaza.
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