"Todos nós fomos muito encorajados pela decisão histórica do governo há algumas semanas, mas agora não se trata apenas de palavras, mas sim de ação", afirmou Ortagus.
A responsável norte-americana falou após uma reunião entre uma delegação dos Estados Unidos e o Presidente libanês, Joseph Aoun.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse estar pronto para uma "redução gradual" das tropas israelitas no Líbano, caso o governo libanês levasse avante o plano de desarmar o Hezbollah, apoiado pelo Irão.
"Israel está pronto para avançar passo a passo. Podem ser pequenos passos (...), passos de bebé, mas estão prontos para avançar passo a passo com este governo" libanês, acrescentou Morgan Ortagus.
"Portanto, a cada passo que o governo libanês der, vamos encorajar o governo israelita a fazer o mesmo", disse Ortagus.
O enviado norte-americano Tom Barrack, que fazia parte da mesma delegação dos Estados Unidos, sublinhou que o exército e o governo libaneses deviam apresentar um plano concreto, até final do mês, para o desarmamento do grupo xiita, que ficou enfraquecido após a intensificação dos conflitos com Israel no ano passado.
"Assim que [os israelitas] virem isso, farão uma contraproposta sobre a retirada e as garantias de segurança nas fronteiras", explicou Barrack.
"O que Israel disse, o que é histórico, é que não querem ocupar o Líbano", acrescentou Barrack, explicando que as autoridades israelitas estavam à espera para "ver qual é o plano para realmente desarmar o Hezbollah".
O líder do Hezbollah, Naim Qassem, reafirmou na segunda-feira a recusa do movimento em entregar as armas.
Em 05 de agosto, Sob pressão dos Estados Unidos e entre receios de uma intensificação dos ataques israelitas, o governo libanês encarregou o exército de preparar um plano para desarmar o movimento xiita, fundado e financiado pelo Irão, até ao final de 2025.
Esta decisão faz parte do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, que pôs fim a mais de um ano de conflito entre o Hezbollah e Israel, em 27 de novembro de 2024.
Leia Também: Médio Oriente: António Guterres reafirma apelo para cessar-fogo imediato