Foi à 58.ª vez que os parlamentares elegeram Dimal Basha, candidato do Vetevendosje (Autodeterminação), partido do primeiro-ministro cessante Albin Kurti, no poder desde março de 2021.
O partido de Kurti venceu as eleições legislativas de fevereiro passado, conquistando 48 dos 120 lugares e insistiu na mesma candidata, Albulena Haxhiu, ministra da Justiça do Governo cessante.
A candidatura de Haxhiu foi sistematicamente rejeitada por uma maioria de deputados que a descreveram como uma figura política fraturante.
No final, foram os deputados de um partido da oposição que colocaram um fim ao seu boicote e votaram a favor de Basha, a fim de quebrar o impasse no parlamento e evitar que o país tivesse de organizar novas eleições.
"Convido-vos a colaborar. Chegou o momento de provar que, apesar das nossas diferenças políticas, temos a coragem e a sabedoria de trabalhar em conjunto", disse Basha aos deputados após a votação.
A partir de agora, o Presidente do Kosovo, Vjosa Osmani, pode nomear um primeiro-ministro que submeterá o seu Governo à votação do parlamento.
Dado o impasse político, o Tribunal Constitucional kosovar decidiu intervir no início de agosto anunciando uma série de regras para desbloquear a situação que vigorava há seis meses e que impedia não só a formação de um novo Governo, como a distribuição de fundos estatais.
Estipulou, assim, que "o representante do maior grupo parlamentar proporá o candidato a presidente da Assembleia, que será eleito através de votação aberta".
No entanto, os deputados só podiam votar três vezes no mesmo candidato e tinham um prazo de 30 dias para o fazer, segundo o acórdão.
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