Meteorologia

  • 29 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 11º MÁX 18º

ONG aponta possíveis crimes de guerra na Faixa de Gaza em maio

A organização Amnistia Internacional considerou hoje que Israel e os grupos armados palestinianos da Faixa de Gaza cometeram possíveis "crimes de guerra" durante a guerra de cinco dias que os opôs no início de maio, que provocaram 34 mortos.

ONG aponta possíveis crimes de guerra na Faixa de Gaza em maio
Notícias ao Minuto

23:43 - 13/06/23 por Lusa

Mundo Amnistia Internacional

Entre 09 e 13 de maio, Israel e os grupos armados palestinianos entraram em confronto com ataques aéreos na Faixa de Gaza e com o lançamento de 'rockets' em território israelita, tendo morrido 34 palestinianos, recorda a organização não-governamental (ONG) em comunicado.

Entre os mortos estavam seis comandantes militares da Jihad islâmica - movimento armado considerado terrorista por Israel, os Estados Unidos da América e a União Europeia -- combatentes de diversos grupos armados palestinianos e civis, com crianças, incluindo uma israelita.

"Durante a sua ofensiva contra a Faixa de Gaza ocupada no início de maio, Israel destruiu casas palestinianas ilegalmente e muitas vezes sem necessidade militar, numa forma de punição coletiva da população civil", escreve a Amnistia Internacional.

A ONG de defesa dos direitos humanos fala ainda em "ataques aéreos visivelmente desproporcionados que mataram e feriram civis palestinianos, incluindo crianças", sublinhando que "lançar intencionalmente ataques desproporcionados (...) é um crime de guerra".

Questionado pela agência France-Presse, o exército israelita declarou ter lançado a operação em 09 de maio "em resposta a ataques de 'rockets' repetidos contra Israel".

O exército israelita acrescenta que só efetuou ataques "depois de uma avaliação em tempo real [ter determinado] que os danos colaterais aos civis e aos seus bens não eram excessivos em relação à vantagem militar esperada do ataque, com base nas informações" de que dispunha na altura.

Após a entrada em vigor do cessar-fogo, em 13 de maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que 950 pessoas tinham sido deslocadas pelos ataques israelitas, mais de 100 casas tinham sido totalmente destruídas e 140 seriamente danificadas em cinco dias de combates.

A Amnistia Internacional afirma ainda que os 'rockets' palestinianos disparados indiscriminadamente contra Israel, matando civis tanto em Israel como na Faixa de Gaza, "também devem ser investigados como crimes de guerra".

Instado a responder a esta acusação, Tariq Selmi, porta-voz da Jihad Islâmica, congratulou-se com o relatório da ONG, que, segundo disse, "prova" que Israel "estava por detrás da agressão".

"O inimigo está a utilizar as armas de que dispõe para matar civis palestinianos e nós estamos a cumprir o nosso dever de nos defendermos dos crimes cometidos por Israel", acrescentou.

Segundo o exército israelita, mais de 1.230 'rockets' foram disparados de Gaza em direção a Israel entre 10 e 13 de maio.

Israel e os grupos armados palestinianos travaram várias guerras desde que o movimento islâmico Hamas assumiu o controlo de Gaza em 2007 e, desde então, impôs um bloqueio ao empobrecido território de 2,3 milhões de habitantes.

Leia Também: UE saúda cessar-fogo entre Israel e grupos armados palestinianos de Gaza

Recomendados para si

;
Campo obrigatório