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Bangladesh volta a fechar escolas devido a onda de calor extremo

O Bangladesh voltou a ordenar hoje o encerramento de escolas e madraças (escolas muçulmanas) em todo o país até quinta-feira devido a uma onda de calor persistente, apenas um dia depois da reabertura dos estabelecimentos de ensino.

Notícias ao Minuto

12:52 - 29/04/24 por Lusa

Mundo Bangladesh

Os juízes do Tribunal Superior do Bangladesh aprovaram uma ordem para fechar "todas as escolas primárias e secundárias e madraças até quinta-feira devido à onda de calor", anunciou o procurador-geral adjunto, Sheikh Saifuzzaman.

O calor extremo que tem atingido vários países do Sudeste Asiático, com as temperaturas a chegar aos 44 graus Celsius, provocou, na semana passada, a morte de mais de 30 pessoas com sintomas de insolação.

O Departamento Meteorológico do Bangladesh (BMD) emitiu, na segunda-feira passada, um alerta vermelho de calor no país com duração de 72 horas e avisou ser pouco provável que a situação melhore este mês.

Geralmente, abril é o mês mais quente neste país asiático, mas, este ano, "o calor está a ser sentido intensamente, já que não há sinais de chuva", afirmou o meteorologista da BMD Tarikul Newaz, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

O Bangladesh registou, no dia 20 de abril, a temperatura mais alta do ano, 42,6 graus Celsius, no distrito de Chuadanga, no noroeste do país, valor associado pelos especialistas a uma onda de calor "muito severa".

Daca, com uma máxima de 40,6°C este ano, registou a temperatura mais elevada em 58 anos, tendo as ruas da capital do país estado praticamente desertas face à intensidade do sol.

Durante a semana passada, as escolas estiveram fechadas, enquanto a maioria das universidades públicas optaram por aulas 'online'.

Milhões de pessoas enfrentam o calor extremo nos bairros de lata, sem acesso a água e eletricidade adequadas na capital do Bangladesh e noutras cidades do país.

Ao calor típico destas datas na zona, agravado nos últimos anos pela crise climática, junta-se o fenómeno 'El Niño', que traz temperaturas mais elevadas e um clima mais seco.

Em outubro de 2023, a ONU e a Cruz Vermelha indicaram, num relatório conjunto, que as ondas de calor serão mais frequentes, intensas e mortais no futuro devido às alterações climáticas, podendo mesmo "ultrapassar os limites humanos, psicológicos e sociais" em regiões como o Sahel, o Corno de África ou o sul da Ásia. 

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