"Com a finalidade de equipar a parte bielorussa do Agrupamento Regional de Forças (Rússia e Bielorrússia), a parte russa abasteceu-nos com sistemas operativos e táticos de mísseis Iskander, com uma reserva suficiente de foguetes", afirmou o Lukashenko citado pela agência oficial de Minsk, BELTA.

A informação sobre o alegado envio de armamento foi difundida pela agência oficial após uma reunião do Governo de Minsk sobre aquisição de material bélico. 

Lukashenko, principal aliado do Presidente russo, Vladimir Putin, na campanha militar de Moscovo contra a Ucrânia acrescentou que a Rússia abasteceu a Bielorrússia com "sistemas de defesa antiaéreos de longo alcance S-400".

"Os militares (bielorrussos) receberam o que queriam. Trata-se de uma arma temível", afirmou o chefe de Estado do regime de Minsk. 

Lukashenko disse também que a Bielorrússia adquiriu uma bateria do sistema de mísseis Tor (antiaéreo); mísseis antitanque; morteiros; lança-chamas e 830 mil munições de diferentes calibres. 

O chefe de Estado disse ainda que a Rússia vai abastecer a Bielorrússia com "aviões Su-30M, helicópteros Mi-35M, veículos blindados (não especificados), assim como vários tipos de armas, mísseis e munições". 

Trata-se de equipamento "necessário para uma reação rápida e adequada, face às nossas exigência e ameaças atuais", acrescentou.  

"Quero destacar que, apesar da pressão das sanções sem precedentes, produzimos suficiente armamento e equipamento bélico para satisfazer as necessidades do Exército bielorrusso", afirmou Lukashenko.  

Citado na mesma nota da BELTA, Lukashenko agradeceu aos "empresários" que conseguiram manter as capacidades herdadas da União Soviética em relação à "produção de microeletrónica e de sistemas óticos". 

"Graças a isto, podemos produzir, com a Rússia, qualquer tipo de armamento. Também podemos permitir-nos a exportar estes produtos para 57 países", indicou sem nomear os Estados. 

Lukashenko assinalou que as "empresas nacionais" abasteceram em 2022 o Exército com mais de "500 unidades de novos equipamentos militares", não tendo especificado o tipo de material.

Por outro lado, expressou insatisfação sobre o "baixo nível" em relação ao desenvolvimento de aparelhos aéreos não tripulados (drones).

"Ao desenvolver a produção de drones, dedicamos muita atenção às medidas para responder contra este tipo de armas. Os sistemas radioelétricos desenvolvidos pelos especialistas bielorrussos têm muita procura", afirmou. 

Lukashenko disse ainda que a Bielorrússia "criou um sistema robotizado que compagina meios de deteção e de destruição dos objetivos aéreos". 

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