A China sempre manteve a comunicação com todas as partes envolvidas na conflito em curso entre a Ucrânia e a Rússia, de acordo com a garantia dada por um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, aqui citado pela Reuters.
Num briefing à imprensa esta segunda-feira, Mao Ning deu uma resposta à proposta feita pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que disse anteriormente que aceitava, de bom grado, a realização de negociações com a China.
Já sobre as mais recentes declarações do chefe de Estado da Ucrânia, que disse, de um modo mais concreto, que tencionava falar com o homólogo chinês, Xi Jinping, sobre o assunto do conflito no leste europeu, Mao Ning disse que "a posição da China sobre a crise da Ucrânia é consistente e muito clara".
E elaborou: "O principal passa por apelar à paz e promover o diálogo e uma solução política para a crise. Sempre mantivemos a comunicação com as partes envolvidas, incluindo com a Ucrânia".
Recorde-se que, na sexta-feira, Zelensky disse que tencionava encontrar-se com Xi Jinping, embora não tenha fornecido detalhes acerca de quando essa reunião poderia acontecer.
Desde o início da guerra, que teve início a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Porém, contrariamente, a China tem-se mantido bastante mais reservada na postura adotada face ao conflito - embora tenha apresentado, recentemente, um 'plano de paz', composto por 12 pontos, para que se atinja a paz na Ucrânia.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Leia Também: Sem dar razões, Zelensky demite alto comandante militar ucraniano