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ONU preocupada com prisão prolongada de opositor russo Kara-Mourza

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, manifestou hoje preocupação pela "detenção prolongada" do opositor russo Vladimir Kara-Mourza, preso há quase um ano por criticar a ofensiva na Ucrânia.

ONU preocupada com prisão prolongada de opositor russo Kara-Mourza
Notícias ao Minuto

22:48 - 22/02/23 por Lusa

Mundo Volker Türk

"#Rússia: o chefe de direitos humanos da ONU, @volker_turk, está preocupado com a detenção prolongada do opositor e jornalista Vladimir Kara-Murza desde abril de 2022", escreveu na rede social Twitter o gabinete do alto comissário da ONU.

Volker Türk pede "um procedimento justo" e o respeito pelo "direito de defesa" daquele membro da oposição.

Vencedor do Prémio Vaclav-Havel de Direitos Humanos de 2022, Vladimir Kara-Mourza, de 41 anos, é uma das últimas figuras da oposição russa no país.

Ele foi acusado na Rússia de "alta traição", anunciou o seu advogado em outubro passado, crime punível com penas de prisão muito pesadas, quando já estava preso por ter criticado a ofensiva na Ucrânia.

O crime de "alta traição" é punível com vinte anos de prisão, mas a pena pode ser aumentada se o suspeito for alvo de vários crimes.

No caso de Kara-Mourza este já era objeto de outros dois processos criminais.

Em abril de 2022, foi detido em Moscovo por criticar a ofensiva na Ucrânia, nomeadamente nas redes sociais, e acusado de "divulgar informações falsas" sobre o exército russo, crime punível com dez anos de prisão.

Posteriormente, em agosto, quando já estava preso, foi acusado de ter trabalhado para uma organização designada como "indesejável" na Rússia, ao organizando, em 2021, em Moscovo uma conferência sobre presos políticos.

Ex-jornalista, Kara-Mourza era próximo do adversário Boris Nemtsov, assassinado não muito longe do Kremlin em 2015, e também trabalhou com a organização de Mikhail Khodorkovsky, ex-oligarca que se tornou detrator no exílio de Vladimir Putin.

Kara-Mourza afirma ter sido envenenado duas vezes por agentes russos, em 2015 e 2017, como consequência das suas atividades políticas.

O opositor tem cidadania russa desde o nascimento e obteve a cidadania britânica depois de se mudar para o Reino Unido com a sua mãe quando tinha 15 anos.

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