Num país às escuras, ucranianos usam lanternas do telemóvel em barbearia
E há imagens.
© Maria Avdeedva / Twitter
Mundo Ucrânia/Rússia
Perante os cortes de eletricidade que têm colocado a Ucrânia às escuras, os cidadãos tornaram-se criativos, de modo a poder continuar a operar os seus serviços. É o caso de uma barbearia onde, em vez de lâmpadas, os telemóveis iluminam os cortes de cabelo.
“Em vez de ficarem desesperados e desamparados, os ucranianos tornam-se ainda mais criativos. Nesta barbearia, os clientes recebem cortes de cabelo [iluminados] por lanternas de iPhones”, escreveu Maria Avdeedva, especialista em segurança, ao partilhar as imagens na rede social Twitter.
No vídeo, que poderá ver na galeria acima, barbeiros e clientes encontram-se às escuras, iluminados pelas lanternas dos telemóveis, enquanto trabalham.
De notar que, ainda que a localização das imagens não tenha sido revelada, quase metade dos habitantes de Kyiv continuavam, esta sexta-feira, sem eletricidade, e dois terços sem aquecimento, dois dias depois dos ataques russos terem voltado a visar infraestruturas críticas, numa altura em que as temperaturas negativas chegam à região.
A estratégia de Moscovo de bombardear instalações energéticas, seguida desde outubro num cenário de recuos militares, é considerada "crime de guerra" pelos aliados ocidentais da Ucrânia e qualificada como um "crime contra a humanidade" pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Rússia, por seu lado, afirma visar apenas infraestruturas militares e atribui os cortes de energia aos disparos das defesas aéreas ucranianas.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, segundo os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão, justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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