Meteorologia

  • 18 MAIO 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 20º

Bruxelas decide expulsar chefe de missão da Nicarágua na União Europeia

O chefe da missão da República da Nicarágua para a União Europeia será declarado 'persona non grata', anunciou hoje Bruxelas, tratando-se de uma resposta recíproca à decisão do Governo da Nicarágua, que expulsou a embaixador da UE.

Bruxelas decide expulsar chefe de missão da Nicarágua na União Europeia
Notícias ao Minuto

20:15 - 10/10/22 por Lusa

Mundo União Europeia

"Por iniciativa do Alto Representante da União para a Política Externa e de Segurança, o Conselho concordou hoje que o chefe da Missão da República da Nicarágua para a União Europeia será declarado 'persona non grata'", refere em comunicado.

A decisão é uma resposta recíproca à decisão do Governo da Nicarágua, de 28 de setembro, uma atitude "injustificada", sublinha Bruxelas.

O Governo nicaraguense, liderado pelo sandinista Daniel Ortega, determinou a expulsão da embaixadora da União Europeia (UE) em Manágua, Bettina Muscheidt, de acordo com a imprensa local, que cita fontes do Parlamento Europeu.

A UE insiste em que a crise política na Nicarágua "deve ser resolvida através de um verdadeiro diálogo entre o governo que seja conduzido de forma respeitosa" e reafirma o seu compromisso com "o povo da Nicarágua e com a defesa da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos".

As relações entre a Nicarágua e a UE permaneceram tensas nos últimos quatro anos, devido a sanções estabelecidas pelo organismo europeu contra familiares e figuras próximas do Presidente Daniel Ortega, bem como funcionários e instituições governamentais, por alegações de violações de direitos humanos.

Desde abril de 2018, a Nicarágua vive uma crise sociopolítica que no primeiro ano causou pelo menos 355 mortos, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

A crise agravou-se desde novembro, com a reeleição de Ortega e a sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, com sete rivais da oposição presos e dois no exílio, e que resultou numa segunda vaga com centenas de milhares de pessoas a saírem do país.

Leia Também: Júlia deixa de ser considerado furacão, mas perigo continua

Recomendados para si

;
Campo obrigatório