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Seis moçambicanos entre os acusados de violação coletiva na África do Sul
Pelo menos seis imigrantes moçambicanos, incluindo um menor de 16 anos, encontram-se entre 14 indivíduos acusados formalmente pela alegada violação coletiva de oito mulheres na cidade mineira de Krugersdorp, oeste de Joanesburgo, disse hoje fonte do Ministério Público sul-africano.
© iStock
Mundo África do Sul
"Dos sete acusados de violação hoje, cinco são positivamente moçambicanos, e entre os sete acusados também de violação ontem, um deles é um moçambicano menor de 16 anos", referiu a porta-voz do Ministério Público, Phindi Mjonondwane, à Lusa.
Todavia, a porta-voz da National Prosecuting Authority (NPA) da África do Sul adiantou que no grupo de sete homens acusados de violação na quarta-feira as autoridades continuam por apurar a nacionalidade de três indivíduos, sendo os restantes dois do Lesoto e um do Maláui.
Um total de 14 pessoas enfrentam acusações de violação, assédio sexual, roubo em circunstância agravada e violação da lei de imigração relacionadas com o incidente que chocou o país, explicou a porta-voz sul-africana.
A porta-voz do NPA salientou à Lusa que "19 menores e 63 adultos compareceram em tribunal na quarta-feira".
Pelo menos 81 pessoas, na sua maioria imigrantes indocumentados, foram detidas pela polícia sul-africana nas primeiras 48 horas após o alegado incidente de violação coletiva de oito mulheres numa mina abandonada na localidade de West Village, em Krugersdorp, há mais de duas semanas.
Segundo a polícia sul-africana, trata-se alegadamente de trabalhadores mineiros ilegais conhecidos localmente por Zama Zama, oriundos de vários países africanos, nomeadamente de Moçambique, Zimbabué, Maláui e Lesoto.
Pelo menos 43 moçambicanos foram detidos na sequência do alegado incidente de violação coletiva, anunciou fonte da polícia sul-africana.
Na quarta-feira, o ministro da Polícia, Bheki Cele, avançou que pelo menos 350 trabalhadores mineiros em situação ilegal no país foram presos como parte de várias operações policiais de combate à mineração ilegal nas áreas de Krugersdorp e Randfontein.
A alegada violação coletiva de oito mulheres originou uma onda de protestos populares violentos onde centenas de moradores se juntaram às forças policiais, acusando os Zama Zama pelo elevado nível de criminalidade na província.
Um gangue armado invadiu, em 28 de julho, um local onde estavam a decorrer as filmagens de um videoclipe, numa mina abandonada próximo de Krugersdorp, e violou oito jovens raparigas que faziam parte do elenco. A equipa de filmagem foi também assaltada, segundo a imprensa local.
Leia Também: África do Sul. 7 imigrantes acusados de violação coletiva de 8 mulheres
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