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EUA prometem a Israel empenho para travar programa nuclear do Irão

Os Estados Unidos prometeram hoje a Israel que irão usar todos os meios para impedir que o Irão obtenha armas nucleares, com o Presidente norte-americano, Joe Biden, a insistir, no entanto, que irá procurar preferencialmente uma solução diplomática.

EUA prometem a Israel empenho para travar programa nuclear do Irão
Notícias ao Minuto

14:34 - 14/07/22 por Lusa

Mundo Joe Biden

Joe Biden expressou o compromisso de travar a todo o custo o programa nuclear iraniano numa declaração conjunta que assinou ao lado do primeiro-ministro interino de Israel, Yair Lapid.

No comunicado, divulgado pela Casa Branca, "os Estados Unidos sublinham o seu compromisso de nunca permitir que o Irão obtenha uma arma nuclear e que estão preparados para usar todos os meios do seu poder nacional para garantir esse objetivo".

Lapid disse a Biden que a diplomacia não será suficiente para travar o programa nuclear do Irão, pelo que os Estados Unidos deveriam avançar com "uma ameaça militar credível".

"A única coisa que pode parar o Irão é este perceber que, se continuar a desenvolver o seu programa nuclear, o mundo livre usará a força", disse Lapid, durante uma conferência de imprensa conjunta com Biden, em Jerusalém.

"Hoje, o senhor e eu reafirmamos o compromisso de que o Irão não terá uma bomba nuclear. Continuo a acreditar que a diplomacia é a melhor forma de atingir esse objetivo", afirmou, por sua vez, o chefe de Estado norte-americano.

No comunicado hoje divulgado, não fica claro se Washington estará disposto a recorrer a meios militares para conter as ambições nucleares de Teerão.

Numa entrevista difundida por um canal televisivo israelita, na quarta-feira à noite, Biden disse que estaria disposto a usar a força militar contra o Irão, se este vier a desenvolver uma bomba nuclear, mas que apenas o fará "em último recurso".

Mas, na conferência de imprensa conjunta, hoje realizada em Jerusalém, Biden insistiu na solução diplomática, como solução preferencial, mas garantiu que os Estados Unidos "não vão esperar para sempre" que o Irão regresse à mesa das negociações para recuperar o acordo nuclear de 2015.

"Deixámos claro à liderança iraniana que estamos disponíveis para voltar às negociações sobre o acordo nuclear. Aguardamos uma resposta. Quando ela virá, não sabemos", disse Biden.

Na nota emitida pela Casa Branca, os Estados Unidos reafirmam o seu compromisso de enfrentar as "agressões e atividades desestabilizadoras do Irão", seja diretamente ou por interpostos atores, dando o exemplo dos movimentos Hezbollah (xiita libanês) e Hamas (palestiniano) ou a Jihad Islâmica.

O programa nuclear iraniano tornou-se um dos pontos centrais da visita de Biden a Israel, principal inimigo de Teerão na região e que se opõe a que Washington regresse ao acordo nuclear assinado em 2015 e do qual o ex-Presidente Donald Trump (2017-2021) se retirou unilateralmente, em 2018.

Restabelecer o acordo nuclear negociado pela administração de Barack Obama e abandonado por Donald Trump foi apontado como prioridade quando Biden chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021, mas funcionários governamentais norte-americanos estão cada vez menos otimistas sobre a possibilidade de Teerão chegar a um entendimento com a comunidade internacional.

Nesta visita a Jerusalém, Biden reafirmou ainda o compromisso dos Estados Unidos em garantir a segurança de Israel, cumprindo a promessa feita em 2016 pelo ex-Presidente Barack Obama (2009-2017) de entregar ajuda militar ao Estado judaico.

Os Estados Unidos destinaram mil milhões de dólares (valor idêntico em euros no câmbio atual) para o sistema de defesa antimísseis Iron Dome, mas Israel quer que Washington também apoie financeiramente um novo sistema de defesa antiaérea com recurso a laser, cujo objetivo é derrubar mísseis e aviões não tripulados ('drones') antes de atingirem solo israelita.

Este é o segundo dia da visita de Biden a Israel, primeira paragem numa breve digressão no Médio Oriente que o levará também à Cisjordânia e à Arábia Saudita.

Leia Também: Biden admite ação militar caso acordo falhe e Irão avance na arma nuclear

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