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Famoso veleiro de corrida atacado por atiradores ao largo do Iémen

Um famoso veleiro de corrida com bandeira de Hong Kong foi atacado na quinta-feira ao largo da costa do Iémen, com a tripulação a ser alegadamente ameaçada por militantes islâmicos, segundo a força naval da UE na região.

Famoso veleiro de corrida atacado por atiradores ao largo do Iémen
Notícias ao Minuto

08:31 - 20/05/22 por Lusa

Mundo Iémen

O ataque ao Lakota, um trimarã de 19 metros recentemente comprado pelo famoso velejador francês Philippe Poupon, começou na quinta-feira de manhã, quando três navios que transportavam militantes com roupas civis perseguiram a embarcação, adiantou a força naval da União Europeia.

Os militantes dispararam cerca de 20 tiros de aviso contra a tripulação do veleiro e exibiram espingardas de assalto e lança-granadas foguetes, adiantou.

Um militante chegou a embarcar no Lakota, mas saltou para o mar depois de aperceber que não havia dinheiro no navio e que estava longe dos navios que transportavam os seus companheiros, disse o capitão Miguel Lorente Navarro, porta-voz da força da UE.

A Dryad Global, uma empresa de inteligência marítima, disse à Associated Press que o navio envolvido era o Lakota. Também a Lloyd's List Intelligence e a força da UE identificaram o navio como o trimarã, ou um navio de corrida de três cascos, que levou os seus capitães a vencer várias competições em todo o mundo.

A Dryad disse que os tripulantes escaparam para águas internacionais. Dados de localização por satélite do MarineTraffic.com, analisados pela AP, mostraram o Lakota a oeste das Ilhas Hanish, no Mar Vermelho, entre a Eritreia no continente africano e o Iémen na Península Arábica.

O navio tinha atracado no Djibuti, segundo os dados de localização. A AP adianta que o veleiro não tinha ligado o localizador automático de identificação.

Para a Dryad Global, o localizador estar desligado é "muito estranho", já que o Mar Vermelho é uma grande rota marítima internacional.

A empresa de segurança disse que o navio foi abordado por três barcos menores e por militantes armados com granadas lançadas por foguetes.

"Várias tentativas foram feitas para abordá-lo", mas "os relatórios indicam que conseguiu fugir", avançou.

Hodeida é uma cidade portuária há muito disputada entre uma coligação liderada pela Arábia Saudita que apoia o governo exilado do Iémen e os rebeldes Houthi, apoiados pelo Irão, que detêm a capital do Iémen, Sanaa.

Os Houthis, o governo exilado do Iémen, e a coligação liderada pela Arábia Saudita não reconheceram imediatamente o ataque.

A 5ª Frota da Marinha dos EUA disse que estava ciente do ataque, mas recusou-se a fazer mais comentários.

A força naval da União Europeia na região chegou na quinta-feira ao Lakota, com um helicóptero que saiu da fragata italiana Carlo Bergamini, e afirmou que a tripulação estava a salvo.

Dados anteriores de localização de navios de fevereiro mostram que o Lakota deixou as Filipinas antes de aparecer no Djibuti este domingo. Ainda não é claro quem estava a bordo do navio, que pode levar cinco tripulantes.

O incidente marcou o último ataque no mar no meio da guerra do Iémen. Em janeiro, os Houthis tomaram o navio Emirati Rwabee.

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