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Primeiro-ministro paquistanês nomeia Governo de coligação

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, nomeou hoje um Governo de acordo com as expectativas, distribuindo as grandes pastas pelos dois principais partidos da coligação que derrubou o seu antecessor, Imran Khan.

Primeiro-ministro paquistanês nomeia Governo de coligação
Notícias ao Minuto

19:07 - 19/04/22 por Lusa

Mundo Paquistão

A maioria dos cargos será ocupada pelo partido de Sharif, a Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N), e pelo Partido Popular do Paquistão (PPP).

Estas duas formações, adversárias de longa data, dominaram a vida política nacional durante décadas, antes de se associarem a outros partidos mais pequenos para fazer cair Khan, a 10 de abril, graças a uma moção de censura.

A duração deste Governo poderá, contudo, ser bastante curta. Os deputados do partido de Khan, o Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI, Movimento do Paquistão pela Justiça), demitiram-se da Assembleia Nacional e a ex-estrela do cricket prometeu levar para a rua a luta por eleições antecipadas.

"Fazer com que sigam todos na mesma direção será uma tarefa árdua para o primeiro-ministro, porque alguns partidos têm interesses locais e regionais e outros têm interesses nacionais", considerou o analista Hasan Askari, citado pela agência de notícias francesa AFP.

"Se eles sanarem os problemas económicos, o resto resolver-se-á. Mas se a situação se agravar, toda a gente responsabilizará o PML-N", prevê Askari.

Shehbaz Sharif, irmão mais novo de Nawaz Sharif, que foi três vezes primeiro-ministro, não anunciou hoje o nome do seu ministro dos Negócios Estrangeiros. Mas o herdeiro da 'dinastia reinante' no PPP, Bilawal Zardari Bhutto, é um forte candidato ao cargo.

O filho da antiga primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em 2007, e do antigo Presidente Asif Ali Zardari tornar-se-ia assim, aos 33 anos, um dos mais jovens ministros dos Negócios Estrangeiros do mundo.

Teria, em particular, de reparar a relação do Paquistão com o Ocidente, danificada durante o mandato de Khan, que acusou os Estados Unidos de terem conspirado com a oposição para o derrubar do poder.

A importante pasta das Finanças foi entregue a Miftah Ismail, que já a tinha ocupado por um breve período em 2018, após ter sido conselheiro económico de Nawaz Sharif no seu último mandato como chefe do Governo, entre 2013 e 2017. Herda uma economia em crise, com uma inflação elevada, uma rupia fraca e uma dívida crescente.

O novo ministro do Interior, Rana Sanaullah, ver-se-á, por seu lado, confrontado com a degradação da segurança, com a multiplicação dos ataques perpetrados pelo movimento Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), os talibãs paquistaneses.

Leia Também: Primeiro-ministro do Paquistão diz que quer fortalecer laços com a Índia

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