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Perdeu pernas depois de ir 17 vezes ao médico. Vai receber 50 mil euros

Mulher só recebeu diagnóstico correto passados dois anos.

Perdeu pernas depois de ir 17 vezes ao médico. Vai receber 50 mil euros
Notícias ao Minuto

15:47 - 28/03/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Espanha

Um tribunal espanhol condenou a autoridade de saúde de Castela e Leão ao pagamento de uma indemnização de 50 mil euros a uma mulher que sofreu a amputação de ambas as pernas devido a uma doença cardiovascular, cujo diagnóstico foi atrasado.

Segundo o El País, o Tribunal Superior de Justiça de Castela e Leão entende que houve um “atraso no diagnóstico”, uma vez que a mulher foi a um centro de saúde 17 vezes, durante dois anos, antes de perder as pernas devido ao avanço da doença com a qual foi diagnosticada mais tarde – síndrome de Leriche. A sentença considera que algumas particularidades da doença não permitem saber com certezas o que teria acontecido se esta tivesse sido identificada mais cedo, mas admite que se o diagnóstico não tivesse demorado tanto tempo, talvez a doença se tivesse desenvolvido de outra forma. 

A mulher, que pediu mais de 360 mil euros, argumentou que entre julho de 2014 e e agosto de 2016 não lhe foi realizado qualquer exame para determinar a sua condição, apesar de ter comparecido no mesmo centro de saúde 17 vezes. Depois desses dois anos, a mulher deslocou-se ao departamento de emergência do Hospital de Leão, onde se descobriu que não tinha pulsação nas pernas e que, até então, a doença tinha sido tratada como “neurológica”.

Depois de submetida a exames, a mulher foi diagnostica com síndrome de Leriche e apresentava já outros problemas, tendo sido operada em agosto de 2016. Meses depois, e na sequência de vários problemas relacionados com a sua condição, a mulher teve de amputar a perna esquerda. A perna direita viria a ser amputada em julho de 2019. 

O tribunal entende que um diagnóstico prévio poderia ter alterado o curso da doença, que poderia ter sido “mais benigno ou ter algumas possibilidades superiores de cura”. 

Contudo, o valor da indemnização foi reduzido, uma vez que o tribunal considera que os sintomas desta síndrome podiam ser “confundidos com a dor lombar para a qual foi tratada” e estavam ligados a uma complexa situação psicológica devido a “uma disfunção familiar”. Além disso, entende que a doença pode ter sido agravada pelo tabagismo. 

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