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"O futuro dos oceanos decide-se em Lisboa", destaca ONU

A divulgação da conferência da ONU sobre os oceanos em junho na capital portuguesa começou hoje com a apresentação de um vídeo promocional segundo o qual "o futuro dos oceanos decide-se em Lisboa".

"O futuro dos oceanos decide-se em Lisboa", destaca ONU
Notícias ao Minuto

20:07 - 08/03/22 por Lusa

Mundo ONU

De 27 de junho a 01 de junho, a segunda conferencia mundial da ONU (a primeira foi em 2017 em Nova Iorque) sobre os oceanos é organizada em Lisboa por Portugal e pelo Quénia e segundo dados hoje divulgados são esperados entre 900 a mil entidades não governamentais, além de representações dos 192 países da ONU.

Nos dias da conferência haverá sessões plenárias em permanência e também o que os organizadores chamam de "diálogos interativos", um por dia, sobre temas como poluição marinha, economia sustentável, gestão de ecossistemas costeiros, ou conservação oceânica, explicou na cerimónia de apresentação do vídeo promocional Alexandre Leitão, da comissão organizadora.

Questionado pela Lusa o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, estimou que a conferência seria um sucesso se os países assumissem compromissos voluntários exigentes e urgentes. "Porque neste momento estamos de facto num momento de urgência, porque já vamos a meio da Agenda 2030 e reconhecidamente há metas que estão atrasadas".

Sobre o compromisso de os diferentes países atingirem 30% de áreas marinhas protegidas até 2030 o ministro observou que ainda há tempo, mas acrescentou a importância de se assumir o combate a nível internacional contra a pesca ilegal, não reportada e não regulamentada, "um dos grandes estigmas" dos oceanos, que prejudica comunidades e nações, sobretudo nas zonas do Pacífico e do Índico e pequenos Estados em desenvolvimento.

Ricardo Serrão Santos queria ver também com avanços na conferencia de Lisboa as questões relacionadas com a poluição, com a acidificação e falta de oxigénio do mar. "São problemas que só se resolvem mudando as nossas opções energéticas", afirmou, acrescentando que se for conseguido um compromisso em Lisboa será "uma grande agenda".

Na cerimónia, Alexandre Leitão disse esperar em Lisboa, para a conferência, "dezenas de responsáveis ao mais alto nível" de outros tantos países, e explicou que além das conferências e dos diálogos interativos estão também definidos eventos especiais.

Governação oceânica e costeira a nível local e regional, a 25 de junho em Leixões, é um dos eventos especiais, havendo também um fórum da juventude, em Carcavelos, um simpósio de alto nível sobre a água, e um fórum sobre economia azul, no dia 28.

Da conferência, com o tema "salvar o oceano, proteger o futuro", é esperada uma lista de compromissos voluntários para cumprir o ponto 14 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, sobre proteção da vida marinha.

Alexandre Leitão disse que nos 111 dias que faltam para a conferência vão começar a ser divulgados materiais promocionais, de informação, técnicos e científicos, e acrescentou que já está garantida a presença de 20 instituições financeiras internacionais.

A cerimónia de hoje, na sede do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, foi também marcada por quase uma dezena de outras intervenções, entre elas a de Jerónimo Rato, pescador reformado, que foi dizer que hoje "é impossível recrutar jovens para a pesca", e negar que haja falta de recursos de pesca.

A conferência da ONU esteve marcada para junho de 2020 em Lisboa, mas foi adiada para este ano devido à pandemia de covid-19.

Numa mensagem enviada e lida na cerimónia de hoje o Presidente da República afirmou, sobre a conferência: "Não podemos desperdiçar a oportunidade de traçar uma estratégia global para o oceano".

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